VOLTA REDONDA – A Associação Comercial, Industrial e Agropastoril (Aciap-VR) marcou para hoje, às 16 horas, uma reunião que irá discutir a situação da BR-393, também conhecida como Rodovia Lúcio Meira. Irão participar da reunião lideranças de classes comunitárias e empresárias, além de religiosos de todos os municípios que margeiam a estrada.

Segundo o presidente da Aciap-VR, Carlos Alberto dos Santos, na pauta do encontro, que será realizado na sede da entidade, no Aterrado, será discutido o fechamento da estrada, como forma de protesto pela concessão. O presidente lembrou ainda que seja de conhecimento de toda a população que a estrada está no pacote de concessão do Governo Federal, sendo que no dia 15 de janeiro, a empresa vencedora do leilão assinará o contrato que garantirá a exploração da rodovia, por anos. Santos lembra ainda que dentro deste contrato está prevista a cobrança de tarifa de pedágio no valor de R$ 2,94.

O presidente da entidade informou que em análises feitas por uma comissão, formada pela Aciap-VR e demais instituições, chegou-se à conclusão que a BR-393 terá o valor mais caro por quilômetro rodado ao ano, em comparação com as outras rodovias que também serão concedidas. “Nem por isso teremos mais investimentos, muito pelo contrário, numa escala comparativa, a Lúcio Meira está na quinta colocação”, disse Santos.

MOBILIZAÇÃO POPULAR
Para o presidente da Aciap-VR, a mobilização popular é a melhor forma de mostrar ao Governo Federal que este tipo de negócio não é do interesse da população. Desta forma, segundo Santos, a pretensão da entidade é fazer um manifesto em prol da BR-393 e divulgar isso através da mídia. “O motivo desta manifestação é fazer valer a voz da comunidade”, disse, ressaltando que o movimento não tem cunho político, muito pelo contrário, tem o sentido de fazer valer a voz da sociedade em processos tão importantes como o de uma concessão pública.

Santos lembra que este projeto tem quase dois anos de trabalho. A diretoria da Aciap-VR já foi à Brasília, sede do Governo Federal, na tentativa de modificar alguns pontos do edital de concessão. “Podemos nos orgulhar de ter conquistado ganhos como a realização de obras antes da cobrança do pedágio; abertura econômica, com a redução de R$ 5 para R$ 2,94; conscientização da população e a não-cobrança da outorga onerosa. Tudo isso faz diferença. Do contrário, já estaríamos pagando pedágio para usar a BR 393”, conclui.