Ilhéus – O presidente de Associação Comercial de Ilhéus, José Leite de Souza, enviou uma carta ao governador da Bahia, Jaques Wagner, manifestando a preocupação e a posição contraria dos empresários ilheenses a privatização da BR 415. Os empresários questionam a alta carga tributária já paga pelos todos os brasileiros, principalmente no que se refere ao licenciamento de veículos, cuja receita deveria ser destinada ao financiamento de infra-estrutura de transporte, e que poderia ser utilizada para recuperação e manutenção da malha viária.
A cobrança do pedágio deve ser confirmada em cinco estradas, inclusive a BR 415, já a partir de 2008 quando será iniciado o processo de privatização com as realizações das audiências públicas. O presidente da ACIlhéus, relatou ao governador que o município enfrenta um dos piores estágios de desenvolvimento sócio-econômico com o seu Índice de Desenvolvimento Humano colocado no ranking estadual em 22° (em 415 municípios), e no ranking Nacional: 2935° (em 5.507 municípios). Portanto, a privatização da BR 415 irá agravar ainda mais esse quadro.
Outro aspecto, é que a cidade é o destino natural, nos fins de semana, de visitantes oriundos dos municípios das Regiões circundantes. A privatização anunciada irá prejudicar também cidades como Itacaré, Canavieiras dentre outras. No documento empresário ilheense pondera o valor cobrado no pedágio certamente será repassado aos consumidores isso vai provocar um aumento no preço da cesta básica, encarecendo também os serviços essenciais como transportes coletivos, combustíveis etc.
No documento, o presidente da ACIlhéus acrescenta que no trecho Ilhéus-Itabuna, além dos bairros como Banco da Vitória, Vila Cachoeira, Salobrinho, – todos no município de Ilhéus -, estão instalados equipamentos como Universidade Estadual de Santa Cruz, Ceplac, várias empresas e uma considerável parcela da população que se desloca naturalmente entre as duas cidades.