Motoristas que precisam usar as rodovias do Centro-Oeste reclamam das condições. Autoridades dizem que reparos serão feitos depois do período de chuvas.
As condições precárias das estradas são uma ameaça constante para quem cruza o Centro-Oeste. Com as chuvas, as rodovias são tomadas pela lama e por buracos. A situação é crítica inclusive na BR-153, uma das principais ligações entre o Norte e o Sul do país. Os motoristas reclamam e as autoridades dizem que os problemas só serão resolvidos no período mais seco.
No Norte de Goiás, uma rodovia estadual está tomada pela lama e uma ponte caiu. Os moradores de Porangatu têm que fazer mutirão tirar um carro do atoleiro. E os alunos da Zona Rural da cidade precisam de paciência para chegar à escola. “Fico até oito horas esperando (o ônibus escolar), porque ele atola lá atrás”, diz o estudante Rafael Batista da Silva.
Na região de Rio Verde, as máquinas agrícolas saíram da lavoura para rebocar caminhões em uma rodovia. Em muitos pontos, só passa um veículo por vez, com muita lentidão. Segundo o engenheiro Damião Dias da Costa, da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), responsável pela estrada, não há muito a ser feito. “Está difícil solucionar o problema em função das chuvas”, afirma.
Os motoristas que passam pelas rodovias federais também reclamam. Em um trecho de 200 quilômetros, a BR-153 está cheia de desvios por causa das obras de duplicação, que já duram cerca de dez anos.
A estrada foi construída na década de 70 e corta o país de Norte a Sul. Existem trechos que nunca foram reformados e o asfalto acabou. Os operários não conseguem vencer os buracos, que se multiplicam.
A construção de um viaduto está parada. Os carros e carretas passam perto, mas ainda não podem usar a obra moderna. Eles são obrigados a dividir uma passagem apertada e confusa, que pode levar a uma parada indesejada: a borracharia. “O pneu está murcho, deve ser por causa dos buracos. Esse pedaço está ruim demais”, diz um caminhoneiro.
O Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT) promete resolver os problemas. “Logo depois do período chuvoso, nós podemos garantir que não vai existir buraco, apesar de ter bastante deformações”, afirma o supervisor José Olimpio Maia Neto. Até lá, o motorista terá que enfrentar os perigos da estrada.