Piso molhado e em paralelo terá estado na origem do acidente

Cinco feridos ligeiros resultaram ontem de uma colisão frontal entre um autocarro de passageiros e um pesado de mercadorias, em Cucujães, concelho de Santa Maria da Feira. Chegou-se a recear o pior, dada a violência do acidente.O motorista do autocarro, “que inspirava mais cuidados”, de acordo com os bombeiros, foi transportado de emergência para o Hospital de S. Sebastião, em Santa Maria da Feira. Ao início da tarde teve, no entanto, alta hospitalar.

“Pensei que fosse um trovão, depois desci e vi o camião e a camioneta, ambos com a frente toda destruída”, afirmou ao DN António Pereira que explora um café mesmo em cima da curva onde ocorreu o acidente na EN327-1, no lugar de Ínsua, em Cucujães. O local é frequentemente palco de acidentes mas “nunca vimos um desta dimensão com dois veículos pesados”, diz a filha do proprietário do estabelecimento que, na altura, receou que um dos veículos tivesse embatido na casa.

O piso é em paralelo e à hora do acidente, às 07.25, caía uma chuva miudinha. Esta a principal explicação para o sinistro, apresentada pela empresa de transporte de passageiros. “Ainda estamos a analisar o que verdadeiramente terá acontecido, mas tudo leva a crer que o piso molhado terá provocado a derrapagem do autocarro na curva”, explicou Rui Carvalho, responsável pela unidade operacional da Caima Transportes, empresa proprietária do veículo. A mesma fonte afasta por completo a hipótese de excesso de velocidade ter estado na origem do acidente. Foi analisado o disco tacógrafo que comprova que o autocarro circulava dentro do limite previsto para o local. A empresa considera também que o motorista “não tem qualquer culpa”. Apesar de estar na empresa há três meses e nunca antes ter conduzido um autocarro, teve formação na Caima Transportes e frequentou um curso de 40 horas.

Este autocarro da Caima faz várias viagens diárias, em Ovar, Oliveira de Azeméis e S. João da Madeira. O pesado de mercadorias fazia o transporte de ferro e de garrafas de gás. Na altura da colisão, as botijas estavam vazias, uma vez que o camião se deslocava para a zona de Águeda onde seriam cheias. Os cinco feridos foram transportados para o Hospital da Feira com ferimentos ligeiros. Tiveram alta ao longo da manhã.