Assim que o tempo melhorar, motoristas da região Centro-Serra vão começar a se despedir da buraqueira e da falta de sinalização que está tornando arriscada a viagem entre Sobradinho e Candelária durante a noite ou quando há neblina. O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) anunciou ontem que inicia ainda esta semana a recuperação de parte dos 46 quilômetros da RS–400.

A situação da principal ligação da região com o Centro e a Capital do Estado foi mostrada pela Gazeta do Sul neste fim de semana. Sobram buracos e falta sinalização em pelo menos quatro pontos da subida da serra, incluindo a curva das cobras, que é um dos mais perigosos. Nestes locais, as rachaduras e buracos no asfalto estão engolindo as tachas refletoras, indispensáveis para melhorar a visibilidade dos motoristas quando se dirige sob cerração, o que é comum nos meses de frio.

A melhoria no trecho, que já havia sido anunciada mas dependia do fornecimento de material, foi confirmada ontem pelo distrito operacional do Daer em Santa Cruz do Sul. Conforme o engenheiro Antônio Augusto Silveira Martins, os operários começam a trabalhar nos pontos críticos da RS–400 ainda esta semana. “Só precisamos que faça tempo bom”, explicou.

Segundo ele, primeiro haverá a implantação de uma manta asfáltica nos locais mais esburacados para depois ser refeita a sinalização no meio e nas margens da rodovia. A terceita etapa do trabalho será a instalação das tachas e de novas placas, além da retirada dos arbustos que estão encobrindo a sinalização em alguns pontos. A operação inclui também a instalação de novos protetores onde há barrancos próximos da estrada. Os cerca de 30 metros que por causa de acidentes terão que ser refeitos pela terceira vez no ano custarão entre R$ 4 mil e R$ 5 mil.

ATÉ VILA UNIÃO

Inicialmente, a operação do Daer será feita apenas na primeira metade da RS–400, entre Candelária e Vila União, na divisa com o município de Passa Sete. É que desse ponto até Sobradinho, onde os buracos no asfalto estão se multiplicando com o movimento intenso de caminhões, a conservação está sob responsabilidade do Daer de Cachoeira do Sul. Ontem à tarde a informação extra-oficial era de que não há melhorias previstas para o trecho.