O deslocamento da parada de ônibus anteriormente localizada em frente ao conjunto residencial Parque das Pedras, na BR-101, não inibiu os ambulantes, que agora estão colocando pontos de venda mais à frente, diante da parada que foi relocalizada uns 100 metros antes da rede de atacadista Sam’s Clube.

Na antiga parada do cajueiro eram 11 ambulantes, dos quais quatro voltaram a fazer ponto na nova parada, além de outros dois novatos que vieram de outra parada de ônibus que havia em frente ao estádio Machadão.

O secretário municipal de Serviços Urbanos, João Alves de Carvalho Bastos, disse que a medida a ser tomada deve sair em conjunto com o Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit), pois a parada está situada à margem de uma rodovia federal, logo após a avenida Dão Silveira.

João Bastos disse que já houve uma primeira reunião em dezembro de 2008 para discutir a questão e, hoje, a Semsur está mandando o coordenador de fiscalização Nilton José Siqueira, para mais uma reunião no Dnit. “A nossa parte de fiscalização vamos fazer”, garantiu ele.

Embora na área não tenham tantos comerciantes, o gerente da empresa Magnalocações, Humberto Freire, disse que a presença dos ambulantes preocupa: “Ali está um absurdo, primeiro porque é uma parada e não tem nenhum banheiro”, afirmou, transtornado com a sujeira e o fedor causado pela urina das pessoas que ali frequentam, comendo churrasco e tomando bebidas alcoólicas: “na sexta-feira e no sábado aqui mais parece uma estação rodoviária”.

Humberto Freire explicou que alugou o prédio em novembro do ano passado, e a princípio concordou com a presença dos ambulantes numa área em frente à empresa, até decidir o que fazer na área, inclusive se colocando alguns equipamentos de construção civil para locação. “É o ganha-pão deles”, declarou ele, Freire também afirmou já ter passado e-mail para o Dnit explicando a situação, primeiro porque a parada fica praticamente numa curva, onde já ocorreram atropelamentos, capotagem e batidas de carros.

Ele lembra que na parada passam ônibus interestaduais e intermunicipais “e nenhuma infra-estrutura existe, como banheiros, para as pessoas que ficam aguardando os ônibus”.

O ambulante José Moisés da Silva disse que continua por lá, “porque não pode ficar sem trabalhar, não tem emprego”.Mesma coisa disse o ambulante Valdeci Freire Barbosa, que vendia na parada do cajueiro, e explicou que insiste no negócio porque, aos 49 anos, “não arranjo mais emprego”.