Fiscais do Detro já apreenderam desde o início da manhã desta segunda-feira doze vans irregulares na maior operação de fiscalização de transporte irregular de passageiros já realizada na cidade. Batizada de “Sou legal, e daí?”, a ação conta com cerca de 300 homens da PM, Guarda Municipal, Detro e Força Nacional atuando diariamente, entre 6h e 20h, em 10 pontos fixos do Rio, além de equipes volantes percorrendo a cidade. Além da Avenida Presidente Vargas na altura do Sambódromo, os fiscais estão atuando na Rodoviária Novo Rio, na Praça Saens Pena, no Largo do Pechincha, na subida do Itanhangé e na Ilha do Governador, entre outros.
A estimativa é que hoje circulem na cidade do Rio cerca de 10 mil veículos irregulares transportando passageiros, e a expectativa é que cerca de mil veículos irregulares sejam apreendidos só nesta semana.
– Estamos usando 50 reboques, dez motocicletas e contamos com apoio aéreo. A expectativa é que sejam apreendidas cerca de mil vans e kombis irregulares na primeira semana da operação, que será estendida, depois, a outras cidades. A primeira delas é São Gonçalo, onde há uma grande desordem no transporte público – disse o presidente do Detro, Rogério Onofre.
A operação será permanente e vai integrar o município e o estado contra o transporte irregular de passageiros. Também serão fiscalizados carros particulares porque, para burlar a fiscalização, muitos motoristas estão usando veículos de passeio para transporte de passageiros.
Advogado especialista em direito ambiental e membro do Grupo de Ação Ecológica (GAE), Rogério Zouen disse que há três anos tramita no Ministério Público uma ação que pede operações contra o transporte irregular por vans por causa do problema ambiental provocado por esses veículos:
– Além de ser um problema de desordem urbana, a van também é uma questão de saúde pública. Por serem movidos a óleo diesel e terem uma manutenção deficiente, esses veículos lançam grande quantidade de poluentes tóxicos no ar, pois em geral estão com os motores desregulados. O ônibus também são movidos a diesel, mas o controle de manutenção é mais eficiente e o dano é menor – disse o advogado.