Dez mortes e um total de 88 acidentes marcaram a movimentação nas rodovias federais e estaduais neste feriado natalino. No ano passado, o número de mortes foi o mesmo. Mesmo assim, a polícia rodoviária destacou a tranqüilidade no fluxo

Um helicóptero foi usado para fazer o monitoramento do trânsito pela CPRv(Foto: NATINHO RODRIGUES) Tranqüilidade de um fim de semana normal. Assim estavam as estradas que dão acesso a Fortaleza na volta do feriado natalino. De acordo com a Companhia de Policiamento Rodoviário (CPRv), a movimentação seguiu as expectativas de pouco engarrafamento e redução nos acidentes com vítimas. Ainda assim, rodovias federais e estaduais registraram dez acidentes com mortes, o mesmo número divulgado no ano passado. Uma delas foi a de Ynara Ellen Nunes, uma criança de seis anos que foi atropelada enquanto pedia esmola no quilômetro 378 da BR-020. Ynara teve morte imediata.

Os dados preliminares da Polícia Rodoviária Federal (PRF) apontam para cinco mortes e 37 feridos. Ao todo, foram registrados 45 acidentes nas BRs que cortam o Estado. “Foi uma movimentação muito parecida com a do ano passado, mas é preciso lembrar que este ano tivemos um dia a mais de feriado. É possível que esse número cresça”, observa o inspetor da PRF, Stênio Pires. O balanço geral só deve ser divulgado na manhã de hoje.

A rodovia com movimentação mais intensa foi a BR 222, ainda assim, segundo Pires, não houve engarrafamento. Por sua vez, o comandante da CPRv, Werisleik Pontes observa que entre os dias 21 e 25 de dezembro foram registradas cinco mortes nas rodovias estaduais contra nove no mesmo período do ano passado. “Tivemos uma redução de quase 40% no número de mortes”, calcula. O CPRv usou um helicóptero para fazer o monitoramento do trânsito nas estradas.

Enquanto os acidentes fatais nas rodovias estaduais reduziram, houve um aumento do número dos que não houve vítimas, passando de 39 em 2006 para 43 este ano. Segundo a CPRv, a maior parte dos acidentes foi colisão e ocorreu na CE-040. As mortes também foram causadas por colisões, todas envolvendo motos. Para o comandante da Companhia, há três grandes problemas a serem trabalhados quando se fala em motoqueiros: ingestão de bebida alcoólica, falta de capacete e excesso de velocidade. “A maioria dos motoqueiros anda ilegal. O problema já começa na falta de capacete”, aponta.

Pontes diz também que a redução no número de mortes é resultado do trabalho de conscientização que vem sendo efetuado pela polícia, além da realização de ações mais incisivas, como os bloqueios em pontos alternados. “O condutor acaba se preocupando com os bloqueios e adotando uma postura mais consciente”, destaca. Na próxima quinta-feira, a CPRv deve lançar a Operação Fim de ano. De acordo com o comandante, serão 408 policiais militares – com 32 viaturas e 32 motos – trabalhando em uma estrutura mais incisiva que neste Natal.