Dezesseis vítimas do acidente ocorrido anteontem, no quilômetro 102 da rodovia BR-316, às proximidades de Santa Maria do Pará, permanecem internadas em Belém, Ananindeua e Castanhal.
Até ontem de manhã, Jailson Costa dos Santos era o paciente de maior gravidade. Ele permanecia internado no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, com 87% do corpo queimado, incluindo queimaduras nas vias aéreas, ou seja, lesões internas causadas devido à ingestão de fumaça em altas temperaturas.
Jailson está na Unidade de Terapia de Queimados (UTQ) daquele hospital. Ele está em choque e depende de aparelhos para respirar e urinar.
Também internados no Hospital Metropolitano em estado grave, porém estável, estão os pacientes José Félix da Silva, Expedito Pinheiro Júnior e Jairo Braz Chagas. Os três têm queimaduras de 2º e 3ª graus, e têm entre 70% e 90% de seus corpos queimados.
No Hospital do Pronto-Socorro Municipal (HPSM), no Umarizal, mais três vítimas estão internadas: Francisvaldo Pinto Menezes, de 25 anos, José Silva Damasceno, de 38, e Ruisival Nascimento da Silva, de 29. Os três são pacientes em situação estável e em observação. Francisvaldo apresenta queimaduras por corpo todo. José Damasceno tem queimaduras no rosto e nos braços. E Ruisival está queimado nas pernas e nos braços.
Há ainda nove pessoas internadas no Hospital São José, em Castanhal. O mais grave é Francisco Teixeira da Silva que está na UTI do hospital com queimaduras de 1º, 2º e 3º graus em praticamente todo o corpo, incluindo face, tórax e abdômen. Apesar da gravidade, seu estado é considerado estável.
Os demais internados no Hospital São José, de Castanhal, são: Jorge Rodrigues Silva, José Vandilson de Lima, João Miguel Lopes da Cunha, Manoel Brito da Silva, Jorge Luiz Monteiro, Francisco Cardoso de Almeida, José do Livramento Pereira Barbosa, e Aldeci Carlos dos Santos.
Para evitar o risco de infecções, todos eles estão em enfermarias reservadas para queimados e não podem receber visitas. O tratamento de todos eles está sendo custeado pelo DPVAT (Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores) do ônibus envolvido no acidente.
No Instituto Médico Legal (IML) de Castanhal, permanece o impasse pela identificação das quatro vítimas fatais do acidente (o motorista da picape e três passageiros do ônibus). A identificação visual é impossível porque os cadáveres ficaram completamente carbonizados. Apenas o exame de DNA poderá identificar as vítimas.
A identificação é necessária para que cada família possa receber os cadáveres para proceder o sepultamento. Por isso, os familiares dos funcionários tentam agora obter da Frangos Americano apoio para a realização do exame de DNA, que custa, em média, R$ 1.500. Se a empresa não concordar em custear os exames, o IML deve recorrer a um convênio com a Universidade Federal do Pará (UFPA) para a realização do exame gratuito. Nesse caso, os familiares terão que esperar uma média de seis meses pelo resultado.