O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), José Alexandre Resende, reconheceu nesta segunda (18), durante audiência na Subcomissão de Marcos Regulatórios do Senado, a falta de estrutura para fiscalização com o maior “gargalo” do setor. “São 830 mil operadores ou agentes de transportes, e nós dispomos de apenas 127 fiscais para os mais de 5,5 mil municípios brasileiros”, disse Resende.
Durante a audiência no Senado, a falta de apoio para o transporte rodoviário foi destacada pelo presidente da Associação Brasileira dos Transportadores de Carga (ABCT), Newton Gibson. Segundo ele, 60% da malha rodoviária está em ruínas. “Falta condições para financiamento da infra-estrutura e renovação da frota de operação, com uso de mais de 20 anos”, afirmou Gibson, que defende a realização de Parcerias Público-Privadas (PPPs).
O diretor-superintendente da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati), José Luiz Santolin, também participou da audiência no Senado. Ele reclamou da falta de um marco regulatório claro para o setor, o que geraria “um cenário de incerteza”.
O mais grave, segundo José Luiz Santolin, é que essa indefinição no plano federal, “se reflete em muitos estados”, levando a “um cenário de preocupação e de incerteza do que será o amanhã para o setor rodoviário, tanto o de cargas quanto o de passageiros”.