A definição de um termo de referência sobre questões ligadas aos interesses indígenas no asfaltamento da BR-429, de Alvorada do Oeste até à divisa Brasil/Bolívia, em Costa Marques, e a definição de um traçado para a BR-421, que deverá ligar Guajará-Mirim a Machadinho do Oeste. É esta a pauta do encontro que será promovido na quarta-feira, 2 de abril, às nove da manhã, no auditório da Fiero, evento que contará com a presença da Diretora Nacional de Assuntos Fundiários da Funai, Maria Auxiliadora Cruz de Souza Leal.

A informação é do superintendente regional do DNIT RO/AC, José Ribamar da Cruz Oliveira, que espera contar nesse encontro com a participação de representantes do Ministério Público Federal, Ministério Público do Estado de Rondônia, Associação Rondoniense de Municípios, Universidade Federal de Rondônia, Fundação Riomar, DNIT, Sedam e da administração local da Funai, Ibama e Fiero.

Oliveira acredita que a partir desse encontro se poderá ter o encaminhamento de uma solução definitiva para que se torne possível harmonizar, no caso do asfaltamento da BR-0429, o respeito aos interesses indígenas com as aspirações e anseios de considerável parcela da população rondoniense – mais de 30 % da população total do estado naquela região. É certo que os povos indígenas ocupam aquela área desde tempos imemoriais, mas há décadas a população dos municípios atendidos pela BR-429 anseia por esse benefício em uma estrada cuja existência é anterior à demarcação da área indígena.

Por isso o superintendente do DNIT considera extremamente oportuna a realização desse encontro, especialmente porque a diretora de Assuntos Fundiários da Funai, Maria Auxiliadora Leal, é profunda conhecedora da realidade rondoniense e em muito poderá colaborar párea o encontro de uma solução definitiva para ambas as rodovias. Não se pode esquecer da importância que o asfaltamento da BR-429 e a abertura da BR-421 terá para o desenvolvimento da economia rondoniense – concluiu ele.