Em reunião realizada nesta segunda-feira (08), na sede do DNIT, representantes do órgão, da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e do Ibama iniciaram as discussões para definição da estratégia a ser utilizada no derrocamento dos pedrais existentes no canal de navegação de Guaíra, município paranaense. O objetivo da obra, que integra o Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, é ampliar a capacidade de navegação na hidrovia Paraná-Tietê, facilitando o transporte de cargas originárias do Paraguai e oeste do Paraná até São Paulo ou até os portos, para exportação.
A expectativa é que as obras sejam iniciadas no próximo ano. Até a primeira quinzena de dezembro, deve ser concluído o projeto básico da obra e, na segunda quinzena, publicado o edital de licitação. Paralelamente estão sendo realizados, sob responsabilidade da UFPR, os estudos para a Licença de Instalação, a ser apresentada ao Ibama. Na reunião desta semana, representantes do órgão ambiental destacaram que a maior preocupação é com a preservação da ictiofauna, especificamente do habitat do peixe cascudo, situado na área dos pedrais.
Uma obra de derrocamento consiste na quebra de pedras situadas no fundo do rio a fim de aumentar a capacidade de transporte na hidrovia. Estão sendo avaliados, como alternativas para o derrocamento em Guaíra, o “fogo aberto” ou “fogo expandido” (explosão ou implosão dos pedrais) e a utilização do martelo hidráulico (hidro hammer).
As obras de derrocamento são fundamentais para ampliar o calado disponível e o tempo de operação da hidrovia Paraná-Tietê (de 65% para 95%). O calado – profundidade de água necessária para a embarcação flutuar – da hidrovia Paraná-Tietê na região de Guaíra deve ser ampliado para 2,5 metros. A principal carga transportada pela hidrovia é de grãos (trigo e soja). Seu ponto crítico da hidrovia está localizado exatamente no município de Guaíra, onde os barcos chegam a ficar parados até duas semanas quando o nível de água fica muito baixo.