Enquanto a Bolívia inaugura dois trechos da Carretera – rodovia que integra naquele país o Corredor Rodoviário Interoceânico Atlântico-Pacífico – do lado brasileiro também há boas notícias sobre investimentos na BR-262, outra via que forma o corredor. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) já tem contratados e com dinheiro empenhado dois lotes de obras, do total de quatro licitados no último mês de agosto. Um terceiro lote deve receber empenho assim que for aberto o orçamento 2009 da União. A garantia de financiamento para melhorar a estrada é uma luta antiga e resultado da articulação entre a regional do Dnit e o governo de Mato Grosso do Sul ante o governo federal.

A licitação total lançada em 2008 é para o trecho Anastácio-Corumbá, dividida em quatro subtrechos. O lote 2, de 65,4 quilômetros (de Miranda ao km 622) vai custar ao todo R$ 60 milhões, sendo que R$ 51,060 milhões já estão empenhados. A mesma situação acontece no lote 4, de 65,5 quilômetros, entre Corumbá e a ponte de Porto Morrinho, que terá custo geral de R$ 62 milhões e já conta com empenho de R$ 51,5. “Contrato e empenho significam que o governo federal garantiu que vai pagar, que já tem o dinheiro, então, as obras começam a virar realidade”, disse o superintendente do Dnit no Estado, Marcelo Miranda. Miranda e técnicos do Dnit, acompanhados de empreiteiros já contratados para o trabalho na estrada acompanharam a chegada de Puccinelli e do presidente Lula no aeroporto de Corumbá esta manhã.

Na abertura do orçamento 2009, está prevista ainda, segundo o Dnit, a contratação de mais um lote das obras, o de número 1, entre Anastácio e Miranda. Serão liberados cerca de R$ 20 milhões, do total de R$ 35 milhões que vão custar esse subrecho. Com a garantia desses montantes para os três lotes (1, 2 e 4, formando um total de cerca de 200 quilômetros), as obras de recuperação da BR-262 começam “impreterivelmente nesse ano e terão 70% do total concluídas também em 2009”, destacou o superintendente do Dnit.

O projeto de restauração prevê a melhoria geral da BR-262. A pista, que hoje é de sete metros de largura, passará a ter 12, incluindo toda a melhoria do pavimento na área de rolamento e nos acostamentos.

Nas vazantes das pontas (que são inúmeros ao longo de toda estrada que corta o Pantanal) terão platôs e cercas vivas, como força de facilitar o acesso dos animais por baixo, evitando a travessia pela pista. Isso deve mudar diminuir a quantidade de animais atropelados, imagem comum para quem viaja por essa estrada.

Contorno

Além das obras na BR-262, o Dnit conseguiu o empenho de recursos também para o contorno viário de Corumbá. Inacabada há cerca de 7 anos, a construção terá o projeto revisto. Segundo o Dnit/MS, no dia 31 de dezembro saiu o empenho de R$ 8,5 milhões (do total aproximado de R$ 13 milhões previstos para o investimento). A implantação do contorno vai tirar o tráfego pesado da região central, criando um desvio para quem passa pela Cidade Branca.