Serão investidos 5,5 milhões no reforço da sinalização e da fiscalização do limite de velocidade na rodovia
São Bernardo do Campo (SP), 14 de junho de 2007 – A Ecovias lança, hoje, um amplo projeto de segurança com o objetivo de reduzir o número de mortes e acidentes na via Anchieta, principal ligação entre a capital paulista e o Porto de Santos. A rodovia concentra, atualmente, metade de todos os acidentes que acontecem no Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI),
administrado pela concessionária. Serão investidos R$ 5,5 milhões no projeto. A expectativa da Ecovias é reduzir em 30% o número de acidentes e de mortes na rodovia, que acaba de completar 60 anos.
As principais intervenções ocorrerão nos 15 quilômetros da serra da Via Anchieta. Com 41 curvas ? sendo quatro delas muito acentuada, localizadas nos KMs 42, 44, 46 e 47 ? esse trecho concentra a maior parte dessas ocorrências, ou seja, 22% de todos os acidentes registrados na rodovia. Em números absolutos, dos 3.497 registrados no ano passado, 771 aconteceram na descida da serra. Dos 225 feridos em acidentes em toda a Via Anchieta, 206 foram nesse trecho, onde também ocorre a maioria das mortes na rodovia. Das 19 registradas no ano passado, 10 aconteceram na descida da serra.
Há ainda uma preocupação com a fluidez do tráfego. Em 2006, foi registrada uma média de um acidente com fechamento de pista a cada 3 dias. Esses acidentes causam congestionamento, atrasos nos prazos de embarque e desembarque do Porto de Santos, transtornos para a economia e para os usuários do Sistema. Com a redução da quantidade de acidentes, a concessionária também espera garantir maior fluidez ao tráfego, com a diminuição do fechamento de pista com atendimentos de emergência.
O projeto consiste basicamente no reforço da sinalização de segurança e da fiscalização do limite da velocidade, já que parte significativa da frota de caminhões não respeita a velocidade máxima permitida, que varia entre 50 e 60 km/h estabelecida para o trecho de serra. Serão implantadas nove lombadas eletrônicas para fiscalização de velocidade, 2.400 metros de faixa de retenção sonorizadora, 6.370 metros de barreiras de concreto, quatro painéis de mensagem variável para comunicação direta com o usuário, 16 pórticos e 37 semi-pórticos (estrutura metálica para fixação de placas sobre a rodovia), 1.900 metros quadrados de placas aéreas e de solo e 3.500 balizadores (bastões que ficam às margens da rodovia para direcionar o motorista, principalmente à noite).
O principal foco da campanha serão os veículos comerciais, sobretudo caminhões, cuja frota é a que mais cresce no SAI. Em 2000, eles representavam pouco mais de 12% do tráfego total. Hoje, essa participação chega a 17,5%, o que corresponde a 5,3 milhões de veículos, contra 3,5 milhões, registrados em 2000. Nesse período, o volume de caminhões no SAI aumentou em 52%.
O comportamento desses motoristas é o que mais chama a atenção da concessionária. Pesquisa realizada no ano passado nas estradas do Sistema Anchieta-Imigrantes, com cerca de 500 caminhoneiros, mostra alguns dados preocupantes em relação ao comportamento desses motoristas. Cerca de 40% dos caminhoneiros não fazem pausa durante o trabalho e 55% trabalham mais de 12 horas por dia, o que faz com que muitos dirijam cansados e com sono. Para agravar esse quadro, 4% deles admitem beber diariamente e 7% confessam já ter utilizado algum tipo de droga para trabalhar, fatores que, aliado à fadiga e ao estresse, podem levar à incidência de uma quantidade maior de acidentes.
A concessionária também fará uma campanha educativa, que será um dos alicerces desse projeto, assim como a fiscalização e as ações de engenharia. A campanha consiste na divulgação de mensagens educativas na rodovia e na realização de palestras em empresas situadas ao longo do Sistema. O material educativo será composto de banners, que serão instalados nos principais pontos em que ocorrem acidentes, e folhetos, que serão distribuídos nas praças de pedágio e no pátio de caminhões da concessionária. Completando a campanha, a Ecovias realizará duas palestras por semana nas comunidades localizadas ao longo das rodovias.
Com isso, pretende esclarecer as pessoas que utilizam o Sistema sobre o risco de práticas esportivas às margens das estradas e sobre a importância da utilização de passarelas e demais equipamentos de segurança.