Representantes da Procuradoria da República em Lages, da Autopista Planalto Sul – empresa que irá explorar a cobrança de pedágio na BR-116 entre a divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina e Curitiba (PR), e da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), participaram de uma audiência pública na noite de quarta-feira na Associação Comercial e Industrial de Lages (Acil). Durante a reunião foram discutidos assuntos referentes ao embargo da madeira na BR-116 feito no mês de maio pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Segundo informações da PRF, o embargo foi motivado porque a empresa Autopista Planalto Sul não pediu autorização à ANTT para retirar a madeira da faixa de domínio da União. No entendimento da PRF, a empresa deveria ter elaborado um plano de corte das árvores e ter toda a documentação necessária autorizando o ato. A destinação da madeira, avaliada em cerca de R$ 3 milhões, foi também discutida. O objetivo é destiná-la para fins sociais, como construção de creches, escolas e casas populares.
Durante a audiência foi discutido também sobre o pedágio na BR-116, cuja cobrança será feira em uma praça instalada próximo ao Posto de Vinho, entre Lages e Correia Pinto. A maior preocupação é em relação aos trabalhadores e estudantes que moram em um município e têm que trabalhar em outro, precisando se deslocar diariamente. Com base nisso, foi discutida a possibilidade da isenção do pedágio para esses usuários. Outra questão é a possibilidade da construção de marginais às margens da estrada como forma do usuário escapar do pedágio.