Quem reside no povoado Mojó não tem como chegar à sede por meio de transporte terrestre por causa das péssimas condições da via
Moradores da sede de Paço do Lumiar denunciam o péssimo estado em que se encontra a estrada que dá acesso ao povoado de Mojó. Buracos, crateras, poças de lama, árvores não cortadas e rampas estreitas têm dificultado a vida da população que precisa se deslocar ao trabalho, além de colocar motoristas e pedestres em risco de acidentes. Segundo moradores, o problema é antigo, mas tem se agravado com a gestão do atual prefeito de Paço do Lumiar, Gilberto Arôso.
A denúncia foi feita pela integrante da ONG Ambientalista Arte Mojó, Graça Maria Oliveira Soares. Ela se disse uma das mais prejudicadas e acusa a Prefeitura de descaso com a situação. “Por causa da estrada, os turistas não conseguem chegar até aqui para comprar as peças e nós também não conseguimos chegar até eles. Já tentamos falar com o prefeito diversas vezes, mas ele não aparece na sede. E assim, a estrada vai continuando cada vez pior, prejudicando quem quer trabalhar”, disse Graça Maria Oliveira.
O único ônibus que faz linha para Mojó, da Empresa Transluminense, estaria passando apenas de quatro em quatro horas e fazendo o percurso somente até o porto de Mojó. De lá, os passageiros são obrigados a descer e ir a pé até o seu destino. “Queríamos pelo menos que a Prefeitura colocasse piçarra na estrada. Isso só foi feito na época em que houve as filmagens do filme Dono do Mar, sobre o romance de José Sarney. Como as equipes de filmagem tinham que passar com os equipamentos, tiveram que fazer uma obra improvisada. Mas depois disso, não houve mais manutenção”, denunciou a integrante da ONG Arte Mojó.
Por causa das más condições das estradas e das árvores que ficam pelo meio dela, quase aconteceu uma tragédia na semana passada, quando um ônibus lotado, por pouco não capotou ao desviar dos galhos.
Segundo o motorista Alberto Silva Leite, que passava pelo local durante a presença da equipe do Jornal Pequeno, dezenas de caminhões já quebraram ao tentar passar pela estrada. A afirmativa foi confirmada por Maria das Graças, que acrescentou ainda que os caminhões quebrados são responsáveis por levar hortaliças para São Luís – o que vem prejudicando sua distribuição na capital.
A equipe do JP foi até à sede da Prefeitura de Paço do Lumiar, tentar falar com o prefeito Gilberto Arôso, mas o mesmo não se encontrava no local. A reportagem deixou os telefones de contato para que a prefeitura pudesse esclarecer as denúncias, mas até o fechamento desta edição, ninguém havia retornado.