Pouco mais de um dia após a tragédia ocorrida na BR-316, que vitimou sete pessoas próximo ao município de Maracaçumé, a demora da empresa Transbrasiliana em prestar auxílio incomodou bastante os familiares das vítimas. Segundo familiares de João Rosa Dias e Wanderson Pereira Araújo, passaram-se 31 horas até que recebessem os corpos de seus entes.
A demora da empresa Transbrasiliana em amparar as famílias das vítimas do acidente na BR-316 é muito grande. Duas famílias tiveram seus entes trazidos em uma ambulância até suas residências. Passaram 31 horas desde a hora do acidente para que as famílias recebessem os corpos.
O ônibus que saiu de Belém às 20h de terça-feira em direção a São Luís tombou perto de Maracaçumé na madruga de quarta-feira. Os acidentados receberam os primeiros atendimentos médicos em um hospital da região, tendo cinco feridos graves e sete mortos, encaminhados para suas cidades de origens.
A empresa teria a responsabilidade de arcar com todas as despesas dos feridos e mortosmo as vítimas. Algumas famílias, das vítimas, ainda não tinham conhecimento das responsabilidades por parte da Transbrasiliana, como é o caso das família de João Dias, 52 e Wanderson Araújo, 18. Seus corpos chegaram a São Luís por volta das 9h.
As famílias receberam os corpos já dentro de caixões, de baixa qualidade, na Ponta da Espera, perto do Porto do Itaqui, sem a presença de nenhum representante da empresa, uma ambulância transportou-os para o local onde moram, Anjo da Guarda e pronto, nada mais foi feito.
VELÓRIO
As vítimas estavam sendo veladas em cima de cadeiras, sem pedestais e o mínimo de conforto para os familiares. “Isto é um desrespeito, é desumano”, reclamou Ducylene Rissardi sobrinha de João Rosa.
As famílias entraram em contato com a empresa e falaram com o Sr. Batista, responsável para resolver assuntos em relação ao acidente, respondendo com descaso e informações divergentes, não divulgando se a Transbrasiliana iria arcar com o funeral ou disponibilizar um velório decente para as vítimas. Os enterros deveriam acontecer mais rápido possíveis, eles já estavam mortos há muito tempo. “Será que uma cova está pronta para receber o meu tio”, disse Ducylene Rissardi. Após muita pressão por parte das famílias às 11h de ontem o problema foi resolvido, os familiares de Rosa e Araújo se deslocaram a garagem da empresa solucionando a questão do velório, enviando pedestais, e o funeral disponibilizando covas para enterrá-los.