Um feriado de Semana Santa diferente aconteceu nas rodovias federais que cortam o Estado e nas ruas de Fortaleza: não foram registradas mortes no trânsito como, infelizmente, tradicionalmente aconteceu nos feriados anteriores. Os representantes da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania (AMC) e Polícia Rodoviária Federal (PRF) creditam o índice a um rigor na fiscalização e conscientização dos motoristas.
O assessor de comunicação da Polícia Rodoviária Federal, Darlan Antares, o índice foi conseguido graças à intensa fiscalização. “Todos os veículos da PRF foram utilizados em condições de uso foram empregados, desde o guincho até o que chamamos de gaiola, empregado para o recolhimento de animais. Além disso, dentro do perímetro urbano (de Fortaleza), procuramos deixar uma viatura à distâncias entre três e cinco quilômetros uma da outra na BR-116 e na BR-222”, diz Darlan. Estatisticamente, estes são os trechos que mais registram acidentes.
Por determinação da superintendência nacional, todo o pessoal que trabalha na parte administrativa foi empregada na fiscalização, com 400 policiais rodoviários utilizados e 75 carros e motos durante os quatro dias, de quarta-feira à domingo. Comparativamente, durante os três dias da Semana Santa de 2007, foram 350 pessoas, pouco mais de 115 por dia. “As escalas foram dobradas e quem estava de férias foi chamado. Durante as folgas, os policiais tinham de dar plantão de 12 horas. Nacionalmente foi repassado que um mínimo de 50% dos policiais seria empregado nas pistas, mas no Ceará o índice chegou a 100% do efetivo”, diz.
Apesar de este ano o número de acidentes ter sido maior – foram 47 este ano frente aos 28 do ano passado, Darlan informa que a gravidade das ocorrências foi menor, por isso não houve acidentes. No ano passado, houve um registro de morte, o de uma pessoa atropelada na em frente à lagoa do Tabapuá. Outro fato que pode ter contribuído para o dado positivo é a proibição da venda de bebidas alcoólicas nos estabelecimentos comerciais às margens das rodovias federais. Dos 122 locais vistoriados um, em Icó, foi autuado.
O presidente da AMC, Flávio Patrício, atribui o fato de não haver mortes a um conjunto de fatores, entre eles a fiscalização eletrônica e à conscientização dos motoristas, através das campanhas para mostrar os riscos que os cidadãos correm. O índice positivo fica mais evidenciado, segundo Patrício, com o aumento da frota no espaço de um ano e a perda de agentes. “A frota aumentou 8% em um ano, o número de agentes diminuiu e ainda houve um dia, houve um dia a mais no feriado deste ano e uma boa parte da população de Fortaleza não viajou”, resume Patrício. No ano passado, foram registradas duas colisões fatais na Capital, com dois óbitos.