A BR-135 teve ontem, 30, a sua 17ª morte por atropelamento entre os quilômetros 0 e 23. O jovem Raimundo Pereira Mendonça, 24 anos, foi colhido por ônibus da empresa Cisne Branco, de placas HPT 9021 – São Luís/MA, quando tentava atravessar a rodovia e teve parte do corpo esmagado. A vítima, que era solteira, morava na rua São Luís, n° 1, bairro Rio Grande – Maracanã.
De acordo com colegas de Raimundo Pereira, ele estava sentado em frente ao Frigorífico JB, onde trabalhava, no Maracanã, e que sem falar nada se levantou e seguiu rumo à BR, podendo ter ido telefonar em um orelhão que fica do outro lado da estrada. Ricardo Silva Cutrim, gerente do frigorífico, informou que a vítima trabalhava há três anos cuidando de cavalos e porcos, e que ela sempre foi assim, ‘caladão’ – que não era de conversar muito.
Segundo Ricardo Cutrim, o motorista do ônibus, identificado apenas como José Carlos, teria dito que Raimundo havia se jogado na frente do veículo. A policial rodoviária Carolina, que ajudava a orientar o trânsito no local do acidente, afirmou que não haviam marcas de batida no ônibus, mas que a calça da vítima tinha ficado engatada embaixo do veículo, podendo ter sido um mal súbito que provocou o atropelamento.
17ª vítima – José de Ribamar Rocha, morador da Vila Itamar e presidente da Federação das Entidades da Zona Rural de São Luís, disse que essa foi a 17ª pessoa que morreu na BR-135 por atropelamento, somente em 2007. Ele lembrou que por causa dessas mortes é que a rodovia já foi interditada por duas vezes e não descartou a possibilidade de uma nova interdição.