Já estão em fase final os trabalhos de monitoramento realizados pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente no acidente que aconteceu neste domingo, na BR-364, região da serra de São de São Vicente. Três caminhões e um carro de passeio se colidiram. Um dos caminhões, carregado de produtos químicos, despejou mais de 27 toneladas de substâncias tóxicas, como peróxido de oxigênio, clorito de sódio, Baycide e sulfeto de sódio, na rodovia.

O acidente interditou a estrada, que só foi liberada às 22 horas do domingo. Com o trânsito interrompido, formou-se um congestionamento de quase 50 quilômetros. Equipes da Defesa Civil trabalharam para evitar o contato dos produtos químicos com córregos que cortam a serra e o alastramento das toxinas.

Durante a tarde de domingo, a chuva atrapalhou o trabalho dos técnicos. Os produtos químicos, ao entrar em contato com a água, provocaram reações que formavam gases tóxicos. Com isso, a evaporação trazia riscos aos motoristas que estavam próximos do local do acidente e até mesmo da própria equipe da Sema.

O coordenador de atendimento a acidentes ambientais da Defesa Civil, João Carlos Rocha, informou ontem que a situação foi controlada. Para conter o avanço dos produtos de alto risco ambiental, foram utilizados 24 mil metros cúbicos de areia. Segundo informações da Sema, a empresa dona da carga que foi derramada não possuía plano emergencial, o que é obrigatório. Diante disso, uma empresa privada foi contratada pela Secretaria para ajudar nos trabalhos de limpeza.

Na tarde de ontem, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o trânsito no local estava liberado, porém lento. A curiosidade dos motoristas em ver o local do acidente tornava o trecho caótico. Até ontem, patrulheiros da corporação faziam o monitoramento do tráfego da região.

Este é o nono acidente com produtos químicos atendido pela Sema só este ano. Em todos os acidentes desta natureza são emitidos autos de inspeção e notificação. Esses procedimentos são encaminhados para a Superintendência de Ações Descentralizadas da Sema, onde é avaliado o grau de poluição. Também vai ser feito um estudo sobre o impacto que os produtos causaram ao meio ambiente.