Era para ser uma simples batida entre um Siena e um caminhão de carga de água natural, sem grandes prejuízos, mas a falta de atenção de um motoqueiro acabou levando a conseqüências maiores. No último sábado, 10, às 13h, os motoristas do carro e do caminhão, Hernani Oliveira e Giosimar Pinheiro, respectivamente, aguardavam a perícia, quando o motoqueiro Cleudo Duarte, 22, vendedor, chocou-se contra o caminhão.

O rapaz vinha em alta velocidade e não percebeu – mesmo com a sinalização – que tinha acontecido uma batida. “Não aconteceu nada com a gente, estávamos conversando sobre a batida, na calçada, quando tomamos um grande susto com o motoqueiro batendo no caminhão. O triângulo estava na posição e o pisca-alerta ligado, mesmo assim ele foi adiante”, lembra o motorista Giosimar Pinheiro.

O local já é conhecido dos comerciantes e moradores próximos à avenida pela quantidade diária de acidentes. “Isso é um absurdo! Deveriam colocar mais sinalização e fechar o retorno. Trabalho em frente o local do acidente e vi tudo o que aconteceu e não é a primeira vez. Diariamente acontece batida por aqui”, avisa o vendedor Edílson Manoel de Lima.

O agente de trânsito Bonfim explica que a avenida é muito movimentada e precisa de muita atenção dos motoristas e pedestres para evitar acidentes. Os sensores de velocidade também estão começando a ser colocados na cidade novamente. Outro problema foi a demora para o resgate da vítima. Enquanto a população tentava ajudar, improvisando uma sombra para o motoqueiro, a ambulância não chegava. Após 30 minutos de espera, o resgate da Polícia Rodoviária federal chegou. O vendedor Cleudo foi levado ao IJF com sérias lesões na face e hematomas no peito.

O estado de saúde de Cleudo Duarte é estável, segundo o chefe da equipe de plantão do IJF no domingo, Raimundo Pontes Filho. Os traumas na face foram os ferimentos de maior gravidade, o vendedor foi operado e está na sala de recuperação do hospital. Pontes lembra que o hospital recebe muitos pacientes por conta de acidentes de moto. Muitos motoristas não têm habilitação para moto ou fazem uso de álcool. De sexta-feira à noite até meio-dia deste domingo, 28 pessoas deram entrada por acidente de moto.