Três dias depois do atropelamento que matou mãe e quatro filhas em Jarinu, a 71 quilômetros da capital, o motorista do Mitsubishi identificado pela polícia ainda não foi preso. Ele fugiu e abandonou o carro cerca de 10 km depois. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, o dono do carro tem cerca de 50 anos e mora em São Caetano do Sul. Ele já tem várias passagens pela polícia, por crimes de estelionato, receptação e formação de quadrilha, além de crimes de trânsito, como lesão corporal culposa.
O nome do motorista está sendo mantido em sigilo e a prisão preventiva pode ser pedida nesta terça-feira. Testemunhas afirmam que o motorista era jovem e estava sozinho.
Pelas informações das testemunhas, relatadas no boletim de ocorrência registrado na delegacia da cidade, o Mitsubishi seguia pela rodovia Edgard Máximo Zambotto (SP-354), sentido Atibaia, com faróis desligados. Ao tentar acendê-los, o motorista teria perdido o controle de direção e invadido o acostamento, no Km 74.
Ana Lúcia Ferreira Souza da Silva, de 39 anos, mãe de sete filhos, voltava para casa a pé com seis deles, por volta das 23h30m. A família retornava de um culto evangélico, na igreja Assembléia de Deus, e estava a apenas 300 metros da residência, no bairro Nova Trieste. Ana Lúcia e quatro filhas morreram na hora.
O veículo rodopiou na pista após o atropelamento, mas o motorista endireitou o carro e seguiu por cerca de mais 10 km. A polícia encontrou o automóvel abandonado na rodovia, com o pára-brisas quebrado e a funilaria destroçada.