Os suicídios de índios da etnia guarani-caiovás em Mato Grosso do Sul voltam a engrossar o volume de ocorrências policiais na região sul do Estado. Na manhã deste domingo, o corpo de um caiová, aparentemente com 17 anos de idade, foi encontrado com uma corda amarrada ao pescoço e pendurado em árvore próxima à sua residência, na aldeia Taquara, município de Juti, a 310 quilômetros de Campo Grande.
A morte pode ser a 11ª do gênero somente este ano na região, caso a Polícia Federal confirme que outros dois membros da tribo mortos ao longo da semana mostravam a mesma intenção.
Um deles, segundo testemunhas, jogou-se no rio afirmando que queria morrer e desapareceu na correnteza, na terça-feira passada. Ele morava em acampamento indígena instalado na margem do Rio Dourado, na localidade de Porto Cambira, município de Dourados.

No sábado, o índio Alcindo Benites, 27 anos, jogou-se em frente a um ônibus na MS-156, que atravessa a Reserva Indígena de Dourados. O motorista conseguiu desviar do suicida. Mas, poucas horas depois, o índio morreu atropelado na rodovia.
Segundo dados do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), durante o ano passado, foram registrados 28 suicídios entre os caiovás do Mato Grosso do Sul.