Integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) invadiram, na madrugada desta terça-feira (17), 15 das 27 praças de pedágio instaladas em todo o Paraná.

A manifestação lembra os 11 anos do Massacre de Eldorado de Carajás, quando 19 trabalhadores rurais foram mortos em conflito com policiais militares. A chacina ocorreu no dia 17 de abril de 1996. Desde então, a data é lembrada como o Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária.

Entre os 144 incriminados, foram condenados depois de três conturbados julgamentos o coronel Mário Collares Pantoja e o major José Maria Pereira de Oliveira, que aguardam a análise de recurso da sentença.

O MST também exige o assentamento das 8 mil famílias acampadas no Estado.

No Paraná, de acordo com a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), foram invadidas todas as seis praças na empresa Viapar, que fica na região de Maringá (Noroeste), uma praça de pedágio da Econorte, na região de Jacarezinho (Norte Pioneiro), três praças da Caminhos do Paraná (Relógio, Irati e Lapa), duas da Rodovia das Cataratas (em Cascavel e Céu Azul), uma da Rodonorte, em Witmansur onde estão 200 manifestantes e a praça da Ecovia, na BR-277, que dá acesso às praias paranaenses.

Todas as cancelas foram liberadas e os motoristas passam sem pagar pedágios.

Ontem, representantes de três movimentos sociais ocuparam o prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Brasília – o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e o Movimento de Apoio aos Trabalhadores Rurais (MAPR).