Manifestantes bloquearam cinco rodovias federais e três estaduais nesta quarta-feira. Interdição foi protesto contra retirada de mulheres de fazenda que havia sido invadida.
Manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST ) desbloquearam as oito rodovias do Rio Grande do Sul que foram interditadas nesta quarta-feira (5). Segundo o MST, a interdição das estradas foi um protesto contra o despejo de mulheres que invadiram a Fazenda Tarumã, da empresa finlandesa Stora Enso, na terça-feira (4).
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) novos bloqueios não estão previstos. Apesar das pistas terem sido liberadas à tarde, a Polícia Militar e PRF continuam com fiscalização reforçada nos locais.
Em Porto Alegre, manifestantes da Via Campesina, que estavam acampados em um parque, seguiram pelas ruas da cidade em direção ao Palácio Piratini, sede do poder executivo do Rio Grande do Sul. No local, o grupo realizou um ato público.
Bloqueios
De acordo com a PRF, os manifestantes ocuparam as rodovias BR-158 (em Santana do Livramento), BR-293 (em dois trechos: Piratini e Hulha Negra), BR-386 (em Nova Santa Rita), BR-290 (em Eldorado) e BR-116 (em Pedro Osório).
A Polícia Rodoviária Estadual informou que o grupo bloqueou trechos da RS-168 (em Bossoroca), da RS-392 (em Tupanciretã) e da RS-324 (em Pontão).
Destruição
O levantamento realizado depois da invasão à Fazenda Tarumã, invadida em Rosário do Sul (RS) na terça-feira por centenas de mulheres da Via Campesina, mostra que cerca de cinco hectares de plantio foram destruídos e aproximadamente 7 mil árvores foram colocadas ao chão.
A invasão vai custar pelo menos R$ 30 mil para a empresa dona da fazenda, que terá de fazer o replantio na área atingida. O inquérito que apura o caso deverá ser concluído e encaminhado à Justiça em 30 dias.