A Região Nordeste receberá a maior parte dos investimentos em transportes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado ontem pelo governo. Até 2010, serão R$ 7,3 bilhões, distribuídos na recuperação, duplicação e construção de rodovias federais como as BRs 101, 230, 135, 116 e 324, e na construção de uma ponte sobre o rio São Francisco, na divisa entre Pernambuco e Bahia.

Também estão previstas a construção de uma variante ferroviária em Aratu (BA) e de berços e dragagem no Porto de Itaqui (MA); a duplicação das estradas que dão acesso aos portos de Itaqui e Pecém (CE) e a construção de novo acesso rodoferroviário ao Porto de Suape (PE) e da Via Expressa Portuária que leva ao Porto de Salvador (BA).

As regiões Norte e Sudeste ficarão com a segunda e a terceira maiores parcelas de investimentos em transportes. O Norte terá R$ 6,2 bilhões nos próximos quatro anos – a maioria das obras será nas rodovias federais BR-364, BR-319, BR-163, BR-230 e BR-156. Além disso, está prevista a Ferrovia Norte-Sul, que vai de Araguaína a Palmas (TO), e, no Pará, serão construídas as eclusas da Usina de Tucuruí e ampliado o Porto de Vila do Conde. Pelo menos quatro terminais hidroviários serão construídos na região amazônica, nos estados de Manaus e Pará.

Sudeste

Na Região Sudeste, que terá R$ 6,1 bilhões para investimento em transporte, as obras previstas para os próximos quatro anos são: o arco rodoviário do Rio de Janeiro, adequação, duplicação e pavimentação de estradas (BRs 101, 381, 153, 040, 050, 262 e 265), adequação da linha férrea de Barra Mansa (RJ), construção do contorno ferroviário de Araraquara (SP) e de avenidas perimetrais do Porto de Santos e também dragagem, e contenção do Cais do Porto de Vitória (ES).

Os investimentos de R$ 3,9 bilhões, até 2010, em transporte, na Região Sul, incluem duplicação, pavimentação, adequação de contornos em diversas estradas federais (BRs 101, 116, 386, 392, 158, 470, 280, 282, 153 e 116), construção da segunda ponte internacional sobre o Rio Paraná (em Foz do Iguaçu), ampliação da capacidade do corredor ferroviário do oeste do Paraná, e construção de recuperação de berços nos Portos de Paranaguá (PR) e São Francisco do Sul (SC) e construção da Via Expressa Portuária do Porto de Itajaí (SC).

O Centro-Oeste terá R$ 3,5 bilhões de investimentos em transportes para os próximos quatro anos. Nas estradas federais, haverá duplicação e pavimentação (BRs 163, 158, 364, 242), além de construção da Ponte Paulicéia (SP), da conclusão da duplicação dos trechos Brasília/Anápolis (GO) e Aparecida de Goiânia/Itumbiara (GO) e do começo da duplicação da divisa entre o Distrito Federal e Goiás (até o município de Águas Lindas).

A Ferrovia Norte-Sul, no trecho que vai do Porto Seco de Anápolis (GO) a Uruaçu (GO), será construída por meio de um contrato de concessão e haverá também investimento privado para construção do trecho da Ferronorte (de Alto Araguaia a Rondonópolis, no Mato Grosso). Além disso, haverá obras de dragagem e derrocagem na Hidrovia do Paraná-Paraguai, que passa pelos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.