A BHTrans, empresa que gerencia o trânsito em Belo Horizonte, anunciou que no máximo a partir de junho começam a entrar em operação os novos radares que serão instalados nos principais corredores de tráfego da capital, que se juntarão aos já existentes. Ao todo, serão 50 aparelhos medidores de velocidade, fixos; 10 detectores de avanço de semáforo; 10 de avanço de sinal conjugado com medidor de velocidade; 10 de invasão de faixa exclusiva; cinco do tipo “radar estático”, instalados em carros de fiscalização; um de leitura de placas de veículo em movimento; e lombadas eletrônicas para fiscalização de 22 faixas de tráfego.
O processo de licitação está em andamento e a BHTrans espera, ainda no mês que vem, escolher a empresa que vai operar o sistema. Quatro firmas disputam o contrato, com duração de 20 meses, prorrogável por mais 40. São elas a Engebrás, Eliseu Kopp, Consladel e Consórcio BHZ, integrado pelas empresas CGT e Sitran, mas só a primeira e a última participaram dos testes feitos em março em avenidas da capital. Depois que a empresa vencedora instalar os equipamentos, eles terão que ser aferidos pelo Inmetro.
Só na Avenida Cristiano Machado, um dos troncos da Linha Verde (que liga o Centro de BH ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Grande BH) serão nove radares fixos. As avenidas do Contorno, Antônio Carlos e Carlos Luz terão cinco cada. Alguns já estão instalados. Em todas, a velocidade máxima é de 60km/h. Acima desse limite, só em vias expressas, nas quais não há travessia de pedestre, como a Leste-Oeste, que liga a capital a Contagem.
Dessa forma, a BHTrans não considera a Cristiano Machado uma via expressa, pois há circulação de pedestres dos dois lados e corredores de ônibus na faixa central. A empresa acredita que a velocidade na via limitada a 60km/h não vai resultar em aumento de tempo nas viagens de ida e volta entre o Centro da cidade e o aeroporto internacional.
Argumenta que os principais pontos de retenção de tráfego foram eliminados com a construção de viadutos, como nos cruzamentos com a Rua Jacuí e a avenidas José Cândido da Silveira e Bernardo Vasconcelos. De acordo com a empresa, a instalação dos radares fixos, lombadas e detectores de avanço de sinal leva em conta o índice de acidentes na via, – lembrando que a Cristiano Machado já foi chamada de “corredor da morte” – pedidos da comunidade e registros de excesso de velocidade.