Em dezembro de 2000, um grave acidente na rodovia Abrão Assed resultou na morte de uma adolescente de 15 anos, de uma criança de 4 anos e da mãe da criança, todas moradoras de Serrana. Outras duas pessoas sofreram ferimentos. Uma delas, ficou com seqüelas, porque perdeu parte da massa cerebral.

Um caminhão desgovernado bateu de frente com o veículo onde estavam as vítimas. A população de Serrana, já inconformada com os constantes acidentes graves na rodovia que liga o município a Ribeirão Preto, ficou revoltada com a tragédia e articulou um movimento para duplicar a pista.
O DER (Departamento de Estradas de Rodagem) recebeu várias reivindicações, inclusive do engenheiro civil João Paulo Scodonho, pai da adolescente que morreu naquele acidente. “A rodovia tem um fluxo intenso de veículos. Todos os meses ocorrem acidentes graves nela. A situação complica ainda mais em época de safra, com o trânsito constante de caminhões carregados de cana”, observa ele.

Em outubro do ano passado, representantes do governo estadual reconheceram a gravidade do problema e anunciaram o início da duplicação da rodovia para o começo de 2006, o que não aconteceu. O DER alegou que as obras não foram liberadas porque faltava licença da Secretaria de Estado do Meio Ambiente.

Mesmo assim as obras foram licitadas. Seis empresas ganharam a concorrência, que foi dividida em lotes, para duplicarem mais de 20 quilômetros de estrada, a um custo de R$ 71,3 milhões, incluindo a duplicação, pontes, retornos e novos acostamentos. Mas até hoje as obras não começaram. E não há prazo oficial para o início.