Falta de sinalização horizontal, defensas metálicas retiradas e canteiros ainda por construir. Essa é a situação atual na BR 116, nos quilômetros que vão da rotatória da avenida Aguanambi até Messejana. A rodovia se encontra nessa situação por conta de uma obra de pavimentação e alargamento que está sendo realizada no local e só será concluída em 2011, conforme o superintendente do Departamento Nacional de Infra-Estrutura no Ceará (Dnit), Guedes Neto.

Muitos acidentes já ocorreram no trecho e a população destaca a falta de sinais de trânsito e de passarelas como os principais causadores das mortes, principalmente de pedestres. “Ontem mesmo (terça-feira) uma mulher foi atropelada por um carro aqui em frente. Você pode vê que nem faixa de pedestre existe mais. Eles prometeram uma passarela pra cá, mas até agora nada“, denunciou a dona de casa Regina Célia, 41. Essa faixa de pedestre está apagada.

O motorista Francisco Miguel da Silva, 51, diz que o problema já dura quatro meses, desde o início das obras em julho, e poderia ser solucionado caso houvesse uma sinalização no local. “Rapaz, aqui é cada um por si. Não sei por que desativaram uma barreira eletrônica que tinha ali. Agora sim, as coisas pioraram sem sinalização“, reclamou o motorista que tem de enfrentar o trajeto todos os dias.

O encarregado da pavimentação da rodovia, Antônio Oliveira, 55, informou que a população ainda terá de conviver com os transtornos das obras por mais algum tempo, pois, segundo ele, só foi feito a primeira etapa de pavimentação. A próxima fase começará na segunda-feira (16) e demorará até o próximo ano para ser concluída. Só depois do recapeamento da pista é que uma sinalização provisória será colocada. “O problema é que não será apenas a pavimentação. Têm outras obras como os canteiros que serão construídos, as defensas novas que serão colocadas e a ciclovia que vai da rotatória da Aguanambi até Messejana“.

Conclusão
As obras de pavimentação da BR começaram em julho passado, mas só a partir da próxima segunda-feira é que a colocação do asfalto definitivo deve ser inicializada e deve demorar até janeiro de 2010 para ser concluída, conforme informou Guedes Neto. “Veja bem, esse trecho foi duplicado há 29 anos e só aconteciam serviços de tapa-buracos. Agora a gente está fazendo a reforma geral na rodovia. Acredito que estejam concluídos com a pavimentação em dois meses e aí terá uma sinalização provisória, que pode ser concluída em até três dias. E, em meados de 2011, a gente já terá concluído a obra“.

MAIS SOBRE A OBRA NA BR-116

OBRAS VÃO DO QUILÔMETRO ZERO AO 12
Os trabalhos neste trecho devem ser concluídos até a metade do ano de 2011 e têm três etapas principais a serem cumpridas.

1ª ETAPA
> Nova pavimentação. A rodovia federal, em seu trecho urbano, foi duplicada há quase 30 anos, para receber a visita do Papa João Paulo II na Capital cearense. Agora a restauração será feita do quilômetro zero ao 12.

> Foram investidos R$ 60 milhões na raspagem e na aplicação de uma nova camada de asfalto. De acordo com Guedes Neto, na próxima segunda-feira o recapeamento definitivo da rodovia será iniciado.

2ª ETAPA
> Aumento no número das pistas laterais. “A construção dessas pistas é fundamental para um melhor fluxo de veículos, pois elas dão acesso aos trechos urbanos da BR“, lembrou o superintendente.

> Atualmente só existem pistas laterais até o quilômetro 6 da BR. A proposta do projeto de recuperação prevê a construção de uma pista lateral do quilômetro seis ao 12. Também foi prometido cinco passarelas do quilômetro 12 ao 26.

3ª ETAPA
> Conclusão de viadutos. De acordo com Guedes Neto, os viadutos que dão acesso ao Cambeba, à avenida Costa e Silva,e à Messejana também serão concluídos, pois estes viadutos possuem alças de contornos insuficientes. “Nós temos o viaduto que dá acesso à avenida presidente Costa e Silva, por exemplo, que não possui alça de contorno e é necessário entrar em uma rua para continuar viagem. Agora vamos fazer a alça“, explicou.

> No viaduto de Messejana, existem atualmente, duas alças de contorno, e mais duas devem ser criadas.

> Guedes Neto informa que as obras devem prosseguir mesmo durante a quadra chuvosa, de fevereiro a maio. “Nós temos que conviver com a chuva. Quando começar a chover vamos observar o que pode ser feito com menos prejuízo. As obras não vão parar de jeito nenhum“.