Motoristas e cobradores das empresas de ônibus de Macapá estão distribuindo aos usuários do transporte coletivo uma carta comunicando que o serviço paralisa no próximo dia 23, motivo principal é impasse quanto reajuste de salários
Motoristas e cobradores das empresas de ônibus de Macapá estão distribuindo aos usuários do transporte coletivo uma carta comunicando que o serviço paralisa no próximo dia 23. Na carta, o Sindicato dos Rodoviários (Sincotrap) alega que a categoria estaria sendo obrigada a trabalhar até 14 horas por dia, cobra o aumento da frota de ônibus na cidade a acusa a classe patronal de estar reduzindo o bônus da cesta básica paga aos trabalhadores de R$ 115,00 para R$ 96,00.
Ainda de acordo com denúncia do Sincotrap as empresas não contratam mulheres, não depositam o FGTS e INSS descontado dos salários e mais, os motoristas estariam sendo obrigados a pagar as peças de carros danificadas nas péssimas condições de tráfego das ruas de Macapá.
Embora o sindicato apresente vários motivos para a paralisação o principal motivo do movimento é, na verdade, o impasse criado em torno do reajuste salarial. Enquanto o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo (Setap) oferece 3% de reajuste o Sincotrap exige que o aumento seja de 10% e também seja mantido o valor do bônus da cesta básica.
Recentemente o Setap recorreu a justiça para que a tarifa do transporte coletivo no município passe de R$1,50 para R$1,92. A direção do Setap alega que as empresas só teriam condições de atender a reivindicação dos rodoviários se fosse aprovado o aumento da tarifa.
A carta dos rodoviários vem sendo entregue dentro dos ônibus.