Os resultados do leilão de concessão de sete trechos de rodovias federais, realizado ontem, vão provocar forte questionamento dos contratos em andamento no País, principalmente no Estado de São Paulo, e poderão colocar na berlinda a segunda etapa de concessões paulistas, que incluirá rodovias como Carvalho Pinto, Trabalhadores e o Rodoanel.

“Já havia clamor em relação aos altos preços dos pedágios, mas agora é possível que ocorra pressão política maior para que seja aberto um processo para renegociar as tarifas atuais, que precisam ser mais flexíveis”, diz o presidente da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), Geraldo Vianna.

Em relação aos novos trechos a serem leiloados, ele diz que o governo de São Paulo terá de rediscutir suas propostas. Até agora, pelas informações divulgadas, os preços cogitados para as praças de pedágio do Rodoanel, por exemplo, estavam nos mesmos níveis daqueles cobrados atualmente. Segundo Vianna, em sistemas como o Anhangüera/Bandeirantes, por exemplo, o custo do pedágio por quilômetro de estrada é de R$ 0,12. Os valores apresentados ontem pelos vencedores do leilão ficam na casa de R$ 0,02, segundo cálculos preliminares feitos pela entidade. “Isso confirma o que dizíamos, que é possível cobrar mais barato pelo uso das estradas.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.