As crateras na pista não oferecem apenas riscos de acidentes e danos nos veículos. O presidente da Câmara do Comércio, Indústria e Serviços de Sobradinho (Caciss), Décio Augusto Antônio, disse que na última semana sofreu uma tentativa de assalto quando viajava à noite pela estrada. “O pessoal se aproveita, pois é preciso quase parar para passar nos locais onde há muitos buracos”, afirma. Explica que conseguiu escapar pois desconfiou em tempo do risco e saiu em disparada com o veículo, mesmo com a precariedade da estrada. “É muito perigoso viajar à noite”, alerta.
O presidente da Caciss explica que o fluxo de caminhões é muito grande com o escoamento da soja de Salto do Jacuí, Estrela Velha e Jacuizinho. A carga pesada, conforme Antônio, detona o asfalto malconservado. Ele pretende colocar em discussão a situação da estrada na reunião da diretoria da Caciss na noite de hoje. Afirma que a idéia inicial é unir outras entidades para cobrar uma solução do governo do Estado.
O presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Arroio do Tigre (Acisat), Paulo Vergínio Luchese, lembra que no segundo semestre do ano passado houve o bloqueio da RS-400, na cidade de Passa Sete, para protestar contra as más condições da rodovia. Mas ressalta que a situação é cada vez mais grave. Afirma que todo o dia os borracheiros da cidade recebem proprietários de veículos com pneus estourados, rodas entortadas e outros problemas em conseqüência da precariedade da estrada, praticamente o único acesso ao Centro-Serra.
Luchese afirma que é diferente trafegar em uma estrada de chão batido onde se sabe que é necessário andar a 30 quilômetros por hora do que em outra com asfalto, onde o limite é 80 quilômetros por hora. Na segunda, observa, quando aparece um buraco é necessário frear e colocar o veículo na primeira marcha para evitar problemas. Conforme Luchese, a Acisat realiza reunião na quarta-feira e um dos assuntos da pauta deverá ser a situação da rodovia.