Um quarto das viagens de passageiros entre municípios do Ceará é feito por empresas de transporte irregulares ou pessoas físicas em carros inapropriados. Essa é a estimativa do Sindicato das Empresas de Ônibus Interestaduais e Intermunicipais do Ceará (Sinterônibus). Segundo Carlos Magalhães, presidente do Sinterônibus, o atendimento feito pelo transporte irregular varia de 22% a 25%. “Há muito transporte pirata sendo feito no Estado utilizando ônibus, caminhões e até carros particulares que utilizam gás. É um risco para a segurança do passageiro”, diz. Segundo Magalhães, enquanto uma empresa regular cobra R$ 17 por uma passagem para repassar R$ 7 para o governo em forma de impostos e encargos, as empresas “piratas” não repassam nada.
De acordo com Magalhães, o Departamento de Edificações, Rodovias e Transportes do Estado do Ceará (Dert) está intensificando a fiscalização de transporte pirata em contrapartida aos investimentos das empresas na renovação da frota. “Todo mês teremos uma reunião no Dert para avaliar as ações de contrapartida do governo. Dessa avaliação nós iremos decidir se mantemos ou não esse ritmo de investimento na renovação da frota”, afirma. Está previsto o ingresso de 250 ônibus novos entre 2007 e 2010. Vinte carros já estão em circulação.
Para o presidente do Sinterônibus, se o Dert conseguir diminuir a participação das empresas irregulares para 10% já iria compensar o investimento previsto de R$ 120 milhões na renovação da frota.
Segundo estimativa do Sinterônibus, são transportados, ao todo, entre 450 mil e 470 mil passageiros por mês dentro do Ceará durante a baixa estação. Na alta, esse número sobe para 650 mil pessoas.