Também será determinada a suspensão da carteira de habilitação de suspeito. Homem fugiu sem prestar socorro depois de atropelamento em rodovia.
A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) irá pedir nesta terça-feira (22) a prisão preventiva do motorista suspeito do atropelamento de sete pessoas da mesma família em Jarinu, a 71 km de São Paulo, caso ele não se apresente à polícia. Cinco pessoas morreram no acidente.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o homem não se apresentou até as 19h desta segunda-feira (21). A carteira de motorista dele também será suspensa nesta terça. Ele deve responder processo por homicídio culposo (sem intenção de matar) e omissão de socorro.
O atropelamento ocorreu na sexta-feira (18) no km 74 da Rodovia Edgar Máximo Zambotto. De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual, por volta das 23h30 um carro invadiu o acostamento e atropelou Ana Lúcia Ferreira Souza Silva, de 40 anos, e suas seis filhas, que voltavam de um culto evangélico.
Ana Lúcia e as filhas Daniele Braz da Silva, de 20, Suélen Souza da Silva, de 13, Ester Souza da Silva, de 6, e Carol Souza da Silva, de 12, morreram no local. Ana Jessica Souza da Silva, de 16, e Andressa Souza da Silva, de 12, foram encaminhadas ao pronto-socorro de Jarinu, com ferimentos leves.
O motorista fugiu após o acidente – sem prestar socorro – mas a polícia encontrou o veículo, um Mitsubishi Space Wagon, abandonado no km 63 da rodovia, a 11 km do local do acidente.
Pedido de ajuda
“Ele me viu segurando o braço e pulando numa perna só. Viu que eu estava chamando ele, mas fechou o vidro e foi embora”, conta Ana Jéssica Souza da Silva, de 16 anos, uma das duas sobreviventes do atropelamento.
Andressa Souza da Silva, de 12 anos, a outra irmã que sobreviveu, relatou que elas viram quando o carro vinha para cima delas. “Minha mãe falou ´encosta pra trás senão vai bater em nós´. Pegou minha mãe e minhas irmãs.”
O delegado que cuida do caso diz que, se o motorista tivesse ajudado, outras das moças poderiam ter sobrevivido.