A Prefeitura de Sete Quedas iniciou e esperar concluir em 15 dias a construção de um desvio no trecho danificado pelas chuvas de dezembro na rodovia MS-160, que liga o município a Tacuru, único acesso pavimentado à cidade na fronteira com o Paraguai. A avaliação é do secretário municipal de Obras Públicas de Sete Quedas, Itacir Comelli, que coordena os trabalhos.
Cansados de esperar pelo governo do Estado que até agora, 50 dias após a tormenta que cortou a rodovia em dois pontos, nas cabeceiras da ponte sobro o Córrego Puitã e no aterro sobre o córrego Tacuru, os municípios de Sete Quedas e Tacuru, sob riscos de terem a safra de grãos que está em planta colheita comprometidas pela falta de condições de escoamento, decidiram agir por conta própria e realizar a recuperação parcial dos trechos danificados para garantir o restabelecimento do trânsito de veículos de carga pela rodovia.
Para a execução do “Severino”, como está sendo chamado por populares o trabalho improvisado em alusão ao personagem “Severino” do programa Zorra Total da TV Globo que serve como “quebra-galho” em um set de filmagem, estão sendo utilizados eucalipto e refugos de madeiras retiradas de pontes da região que estavam estocados na sede regional da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) em Amambai.
De acordo com a Secretaria de Obras Públicas da Prefeitura de Sete Quedas, a implantação do “quebra-galho” foi autorizada pela Agesul e inclusive o administrador-regional interino do órgão em Amambai, o engenheiro Fausto Carneiro, autorizou e acompanha a execução da obra, porém não assina pelo trabalho, o que deixaria os transeuntes em situação delicada em caso de um acidente.
A meta, segundo o secretário, é reconstruir de forma improvisad, as duas cabeceiras da ponte sobre o Córrego Puitã, onde inclusive uma delas já teria sido concluída nessa quarta-feira e na região do córrego Tacuru será construído um aterro que permitira, inclusive, a passagem de caminhões e carretas carregadas.
Tacuru
O prefeito de Tacuru, Cláudio Rocha Barcelos (PR), anunciou no fim da tarde de ontem a liberação da “Estrada da Botelha” para a passagem de veículos pela região denominada, que estava com o trânsito interrompido desde o início da tarde da última sexta-feira, quando um caminhão carregado com 16 toneladas de sal acabou provocando a queda de parte de uma ponte de madeira sobre o córrego Puitã.
A estrada vicinal e está localizada em uma área de grande produção agropecuária do município de Tacuru e também está sendo utilizada como principal meio de acesso ao município de Sete Quedas que está parcialmente isolado do resto do Estado desde o fim de dezembro quando uma forte chuva danificou as duas cabeceiras da ponte sobre o próprio Córrego Puitã e rompeu um aterro sobre o Córrego Tacuru, ambos na rodovia MS-160, o único acesso pavimentado que interliga Sete Quedas na fronteira com o Paraguai ao resto do Estado.
Para realizar a recuperação da ponte, a Prefeitura de Tacuru teve que mobilizar a estrutura da Secretaria Municipal de Obras Públicas e desembolsar recursos próprios de seu orçamento particular para executar a obra. Segundo o prefeito, os trabalhos de recuperação da ponte tiveram inicio no sábado, um dia após a estrutura ser danificada e as equipes só pararam de trabalhar em virtude de mau tempo até que a obra fosse concluída.
Antes da queda da ponte, também com todas as despesas bancadas pela Prefeitura de Tacuru, maquinários do Governo do Estado, lotados na sede regional da Agesul de Amambai, atuando em conjunto com equipes da Secretaria de Obras da Prefeitura de Tacuru, haviam iniciado um trabalho de recuperação dos 35 quilômetros de estrada que interliga a MS 295 entre Tacuru e Iguatemi e a rodovia MS-160.