Um dos primeiros trechos da duplicação da BR-101 liberado para o tráfego de veículos já começou a apresentar problemas. No quilômetro 374 (próximo à Fazenda Guglielmi), no bairro Esperança, em Içara, quem trafega no sentido Norte/Sul tem percebido um possível rebaixamento de pista na cabeceira do viaduto, recentemente construído naquele trecho.
Ao passar pela cabeceira do elevado, os motoristas, principalmente aqueles que conduzem veículos de carga pesada, estão percebendo um solavanco. Por ter sido erguido em uma curva, o desnível pode comprometer a segurança dos usuários da rodovia, principalmente daqueles que não respeitam os limites de velocidade. Em dias de chuva o risco de acidentes aumenta ainda mais.
O ambientalista Tadeu dos Santos, da ONG Sócios da Natureza, diz que percebeu a irregularidade há cerca de um mês depois de trafegar pelo trecho. Ele calcula que o rebaixamento tenha cerca de cinco centímetros entre o asfalto do viaduto e o da rodovia. “Como construíram o elevado em uma curva, o local pode se tornar traiçoeiro. Também temos que evitar que remendos como os que fizeram no trecho Norte possam ser vistos na obra do Sul. Não podemos admitir que uma obra que vai custar mais de R$ 1 bilhão e que ainda sequer foi inaugurada comece a apresentar problemas”, diz.
Por correspondência, Santos encaminhou sua preocupação ao Ministério dos Transportes, em Brasília, e aguarda uma resposta do Governo Federal para os próximos dias.
O coordenador regional do Departamento Nacional de Infra-Estrutura e Transporte (DNIT) em Tubarão, Avani Aguiar de Sá, diz que o reparo será feito na se- mana que vem após a liberação da pista paralela que está sendo asfaltada. “Fechar o tráfego em meia pista seria um tanto complicado, mas como já deveremos liberar a outra pista, vamos reparar o rebaixamento”, afirma. Segundo ele, o que pode ter acontecido no local foi o adensamento natural do terreno por causa do aterro usado na cabeceira da ponte. “Deve ter sido utilizado um material meio mole que acabou cedendo e provocando a diferença”, diz.