O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) determinou na última sexta-feira novas regras para o uso de capacetes por motociclistas e passageiros, que terão um prazo de 180 dias para atender aos requisitos. As mudanças devem provocar aumento no número de vendas do acessório ainda neste final de ano.

Já exigido praticamente pela maioria das revendedoras de motos da cidade, o capacete agora terá obrigatoriamente que constar o certificado de qualidade expedido pelo Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro) ou outro organismo de sua indicação. De acordo com a responsável por compra e venda de capacetes da Flyama/Yamaha, Marina Archangelo, a medida visa garantir as referências do produto, incluindo a rastreabilidade da peça, já que o certificado possui um número único que permite saber para qual loja o fabricante forneceu.

Outra medida que também deverá chamar atenção dos motociclistas é a obrigatoriedade de elementos refletivos de segurança nas partes traseiras e laterais. De acordo com as novas regras, a superfície mínima será de 18 centímetros. Segundo Marina, o impacto maior recairá sobre capacetes importados, que não tem necessariamente estas indicações. De acordo com a Winner, revendedora da Honda, os compradores de capacetes sem os reflexos ganharão adesivos para colocar nos locais exigidos.

Uma das novidades é o enquadramento do motorista que utilizar viseiras do tipo fumê no período noturno. A nova lei exigirá dos motociclistas o uso do tipo cristal. “As viseiras escuras dificultam mais a visão durante a noite, o que traz mais risco”, disse Marina. A medida deverá atingir uma minoria dos motoristas que preferem este tipo de visor. A saída para o motorista pode ser a aquisição de duas viseiras, uma cristal para durante o dia e outra fumê, para noite. A nova legislação também punirá aqueles que trocarem os óculos de proteção, preso por elásticos, pelos de sol. Nestes óculos de proteção, também ficará impedida a colocação de películas.

VENDAS

O prazo para a regularização dos motociclistas é de 180 dias. De acordo com a Flyama/Yamaha, as exigências que remetem ao fabricante devem começar a ser cumpridas conforme os próximos lotes de fornecimento. A expectativa é de que as vendas do acessórios aumentem, coincidindo com o período quente do verão, época propícia para as vendas de motos e, consequentemente, de capacetes.

Já a Winner acredita que a medida levará tempo para assimilação dos motociclistas. Segundo a revendedora, a durabilidade do acessório é de 3 anos e quem anda apenas troca quando ocorre um acidente ou se ele se encontra em estado crítico. As punições para quem não seguir as regras após o prazo fixado é multa de R$ 191,54 por infração gravíssima, que gera suspensão do direito de dirigir e recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação.