Menos de três meses depois de ser inaugurada, a rodovia Gregório Espíndola, SC-443, entre Morro da Fumaça e Sangão, já registrou dez acidentes de trânsito. Dois deles com vítimas fatais. As mortes ocorreram num trecho de dois quilômetros entre o bairro Naspolini e o bairro Santa Apolônia. O excesso de velocidade é apontado como a principal causa dos acidentes. A maioria envolve motociclistas.

Para tentar evitar que o número de casos aumente, os moradores do bairro Naspolini, em Morro da Fumaça, e da Santa Apolônia, em Sangão, reúnem-se hoje à noite, a partir das 19h, com representantes da Secretaria de Desenvolvimento Regional de Criciúma e do Departamento Estadual de Infra-Estrutura (Deinfra) para pedir providências. As comunidades pedem a instalação de redutores de velocidade e reforço na sinalização.

Gilberto Madeira, líder comunitário do bairro Naspolini, afirma que durante o encontro será entregue aos representantes do Estado um abaixo-assinado. “As assina- turas reforçam o temor da comunidade de que novos acidentes aconteçam”, diz. Segundo Madeira, a preocupação aumenta com a possibilidade de a rodovia entre Morro da Fumaça e Sangão servir de desvio para o tráfego da BR-101 a partir de junho, quando a construtora que trabalha em Sangão começar a construir as novas pontes do projeto de duplicação. “Com certeza vai aumentar o trânsito na rodovia e a ocorrência de acidentes”, diz. Os moradores prometem fechar a rodovia em forma de protesto caso o pedido não seja atendido em 30 dias. “Temos pressa.”, afirmam.