Mato Grosso do Sul é o sexto Estado brasileiro em número de mortes no trânsito enquanto Campo Grande ocupa a 15ª posição entre cidades brasileiras. Os dados são da pesquisa Mapa da Violência nos Municípios Brasileiros, divulgada nesta terça-feira, 27, pela OEI (Organização dos Estados Ibero-Americanos), que avaliou também o volume de homicídios e mortes por armas de fogo nos 5.560 municípios do País.
Da pesquisa foram divulgados dados de 556 municípios, que correspondem a 10% do total no País. Entre os 10%, Mato Grosso do Sul tem dez cidades que aparecem entre as que mais matam no trânsito. São Campo Grande, Dourados, Três Lagoas, Ponta Porã, Coxim, Bandeirantes, Nova Andradina, Naviraí, Rio Verde de Mato Grosso e Corumbá.
Como a pesquisa considerou as mortes por acidentes ocorridos entre 2002 e 2004, os municípios citados concentraram 62,9% dos registros do período. Nesses anos, 707 pessoas perderam a vida no trânsito sul-mato-grossense, 445 delas nas dez cidades que aparecem no mapa da OEI.
Além da mortes violentas, a pesquisa considera aquelas que determina como absolutas, onde aparecem, dessa vez: Douradina, Bandeirantes, São Gabriel do Oeste, Jaraguari, Ribas do Rio Pardo, Juti, Rio Brilhante, Coxim, Sonora e Corguinho. Em todos esses municípios a taxa de mortes no trânsito é superior a 37,3 por mil habitantes.
Assim como nos assassinatos, homens jovens são as principais vítimas ceifadas no trânsito. A maioria, 81,5% é do sexo masculino. Nos fins de semana, os acidentes têm 72,4% de incremento e, chega a absurdos 1321,6% entre jovens.
Entre os fatores encontrados para o volume de mortes no trânsito estão: sinalização, conservação das estradas, fiscalização e infra-estrutura em geral.
O trânsito foi a causa de uma tragédia em família, no dia 25 de fevereiro, perto de Ribas do Rio Pardo, um dos municípios que aparece na pesquisa da OEI. Na rodovia BR-262, a família de Henrique Finotto, 49 anos, morreu em uma colisão com uma carreta frigorífica. Morreram Marli Finoto e os filhos do casal, Priscila, Kamilla e Kumuel. Henrique continua internado.