Frota de veículos de Fortaleza cresceu, fazendo aumentar a poluição do ar, sobretudo nas vias de grande movimentação

Em janeiro de 2006, Fortaleza contava com uma frota de pouco mais de 468 mil veículos. Em dezembro do ano passado, o número saltou para quase 500 mil. Cresceu a quantidade de veículos, aumentou proporcionalmente o índice de poluição do ar gerada pela circulação dos automóveis. A causa principal da poluição são os veículos movidos a diesel que percorrem ruas e avenidas da Capital.

Os corredores com maior índice de poluição são as avenidas que cortam a cidade, onde há grande circulação de ônibus, microônibus, topics e caminhões, sem falar em veículos menores. A reportagem acompanhou, ontem pela manhã, a movimentação no trânsito da Avenida Bezerra de Meneses durante cerca de uma hora e confirmou a poluição na via.

A cada dez topics que circularam ali no período, pelo menos a metade expelia fumaça negra, sem contar caminhões e caminhonetes.

Situação semelhante pôde ser conferida também em avenidas como Aguanambi, Antonio Sales, Duque de Caxias, Tristão Gonçalves, Universidade e Domingos Olímpio, além de diversas ruas do Centro, onde, além de caminhões e topics, carros velhos também poluíam o ar ao expelir fumaça negra dos escapamentos, prejudicando a saúde dos transeuntes. Com a invasão da fumaça negra, quem mais sofre são as crianças, por conta do sistema respiratório/imunológico ainda em desenvolvimento. A dona-de-casa Ticiane Costa é mãe de Lucas, de quatro anos, que estuda em escola próxima a Bezerra de Meneses. Segundo ela, é comum seu filho apresentar tosse e rouquidão por conta da fumaça na avenida. “Tem muito carro circulando na Avenida e soltando fumaça. Deviam ser uma fiscalização para coibir isso”, apontou a mãe.

A professora Vera Lúcia Gomes sempre leva a neta Emily para a escola na Avenida Bezerra de Menezes e também reclama da poluição do ar. “Tem muito carro expelindo fumaça negra. Sofrem as crianças, idosos e pessoas alérgicas”.