Outras 10 pessoas ficaram feridas após a colisão entre van em Ipê
As seis pessoas que estavam no automóvel Gol, de Curitiba (PR), que se chocou com uma Van, de Bento Gonçalves, no km 135 da RS-122, em Ipê, viajavam para Guaíba, na região metropolitana de Porto Alegre. Segundo a Polícia Civil de Ipê, que investigará o caso, o grupo residia em Lages (SC) e Curitiba (PR) e passaria o feriado na casa de familiares.
Morreram no local o condutor do Gol, Celso Palhano de Oliveira, 42 anos, e os passageiros Noeli Palhano Borges, 62, Maria Marli da Silva, 53, Heitor Luis Bernardo da Silva (idade não- informada) e Ricardo da Silva Ferreira, dois meses. Alexandra da Silva, 30 anos, única sobrevivente entre os passageiros do Gol, está internada no Hospital Pompéia, em Caxias do Sul, sem risco de morrer. Dos dez ocupantes da van, nove ficaram levemente feridos e o motorista, Valmor Prezzi, 47, saiu ileso.
Na van estava uma família de Bento Gonçalves, que seguia para o Santuário de Madre Paulina, em Nova Trento (SC). Segundo Prezzi, eles pagariam uma promessa feita há um ano para a santa para o restabelecimento da saúde de suas sobrinhas. No ano passado, Franciana Dall Osbel Dalvesco, 22, sofreu um derrame cerebral, e Andressa Dall Osbel Dalvesco, 23, teve pancreatite aguda. Ambas estavam na van.
— Saímos de Bento, às 4h15min, e pretendíamos chegar ao santuário ao meio-dia, quando, com outros parentes que moram em Santa Catarina, cumpriríamos a promessa. Não compreendo como uma tragédia dessas foi acontecer — disse Prezzi, emocionado principalmente com a morte do bebê.
Segundo o Grupamento Rodoviário (GRv) da Brigada Militar, que atendeu o acidente, a colisão teria ocorrido após o carro, que seguia no sentido Vacaria—Ipê, ter invadido a pista contrária após uma curva e colidido frontalmente com a Sprinter, que seguia no sentido contrário. No depoimento à Polícia Civil, Prezzi confirmou a hipótese levantada pelos patrulheiros.
Ainda durante a manhã, o inquérito para apurar as causas do acidente foi aberto pelo inspetor Lindonês Silva da Silva, da Polícia Civil de Ipê. O tacógrafo da Sprinter, utilizada para transporte de passageiros de uma empresa de Bento Gonçalves, registrou que no momento da colisão a van estava a 61 Km/h. Os veículos foram recolhidos ao guincho de Flores da Cunha e serão periciados pelo Instituto-geral de Perícias (IGP).
Condições precárias do trecho são conhecidas
No local do acidente, a sinalização da rodovia é deficiente. A pintura que divide as duas pistas praticamente inexiste. Além disso, em todo o trecho, principalmente na curva onde houve a colisão, o asfalto é defeituoso e apresenta afundamentos e ondulações.
As precariedades daquele trecho, não-pedagiado e sob responsabilidade do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), foram mostradas pelo Pioneiro no dia 9 de maio. Na ocasião, o 2º Distrito Operacional do Daer, sediado em Bento Gonçalves, informou que, segundo o cronograma de trabalho, antes de trabalhar no trecho da 122, seriam executadas melhorias em outras duas rodovias da Serra: a RS-446 e a RS-452.