De acordo com o comunicado, empresa continua comprometida com os consumidores no Brasil; montadora encerrará a produção em Camaçari (BA), Taubaté (SP) e Horizonte (CE)
A Ford Motor Company anunciou nesta segunda-feira (11) o fechamento de suas três fábricas no Brasil: Camaçari (BA), Taubaté (SP) e Horizonte (CE), mas continuará atendendos aos consumidores na América do Sul com um portfólio de veículos conectados, e cada vez mais eletrificados, incluindo SUVs, picapes e veículos comerciais, provenientes da Argentina, Uruguai e outros mercados.
De acordo com o comunicado da montadora, alguns dos veículos mais conhecidos da marca como a nova picape Ranger, produzida na Argentina, a nova Transit, o Bronco, o Mustang Mach 1, continuarão sendo atendidos na região.
Ainda de acordo com o comunicado, a empresa manterá assistência total ao consumidor com operações de vendas, serviços, peças de reposição e garantia para seus clientes no Brasil e na América do Sul. A empresa também manterá o Centro de Desenvolvimento de Produto, na Bahia, o Campo de Provas, em Tatuí (SP), e sua sede regional em São Paulo.
Segundo a montadora, com base nas avalições de seus negócios em todo o mundo, incluindo a América do Sul, a Ford tem feito escolhas e alocado capital de forma a avançar em seu plano de atingir uma margem corporativa EBIT de 8% e gerando um forte e sustentável fluxo de caixa. O plano da Ford prevê o desenvolvimento e a oferta de veículos conectados de alto valor agregado e qualidade – cada vez mais eletrificados –, com serviços acessíveis a uma gama mais ampla de consumidores.
Fechamento das fábricas
De acordo com o comunicado, a produção será encerrada imediatamente em Camaçari e Taubaté, mantendo-se apenas a fabricação de peças por alguns meses para garantir disponibilidade dos estoques de pós-venda. A fábrica da Troller em Horizonte continuará operando até o quarto trimestre de 2021. Como resultado, a Ford encerrará as vendas do EcoSport, Ka e T4 assim que terminarem os estoques. As operações de manufatura na Argentina e no Uruguai e as organizações de vendas em outros mercados da América do Sul não serão impactadas.
Ainda de acordo com o comunicado, a Ford prevê um impacto de aproximadamente US$ 4,1 bilhões em despesas não recorrentes, incluindo cerca de US$ 2,5 bilhões em 2020 e US$ 1,6 bilhão em 2021. Aproximadamente US$ 1,6 bilhão será relacionado ao impacto contábil atribuído à baixa de créditos fiscais, depreciação acelerada e amortização de ativos fixos. Os valores remanescentes de aproximadamente US$ 2,5 bilhões impactarão diretamente o caixa e estão, em sua maioria, relacionados a compensações, rescisões, acordos e outros pagamentos.
Com informações da assessoria de imprensa da Ford Brasil