O Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas do Estado de São Paulo (SETCESP) unificou os dados estatísticos de ocorrências com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), para maior confiabilidade nos números divulgados à Imprensa.

Segundo o último relatório discriminado, 85,03% dos casos são na cidade de São Paulo e Grande São Paulo. A média anual, nos últimos quatro anos, tem sido de 6.200 roubos. Na região do Deinter 2, da qual Jundiaí faz parte, nos últimos quatro anos foram 78 ocorrências ao ano, em média.

Segundo o Sindicato dos Transportadores, em 5,5% dos casos (341) ocorrências, os ladrões levaram mais de R$ 100 mil em mercadorias. Em 2663 ocorrências, os bandidos levaram quantias que variavam de R$ 3 mil a R$ 30 mil.

O Sindicato informa que os dados que divulga são fiéis aos da Secretaria de Segurança, por terem sido elaborados em conjunto. Dados anteriores a 2004 passaram a ser desprezados, porque a partir de agora são levados para as estatísticas os roubos inferiores a R$ 3 mil, o que não ocorria anteriormente.

Números estáveis

Segundo a SSP, em 2004 foram roubados 6.169 caminhões. Em 2005, 6.256. Em 2066, 6.158 e em 2007, 6.192. A Secretaria de Segurança não divulgou dados discriminados sobre a cidade de Jundiaí.

Para os caminhoneiros que trafegam pela região, a impressão que dá é de que houve aumento na quantidade de roubos. O motorista Cláudio Giroto, de 38 anos, morador em Umuarama, no Paraná, disse que já fugiu dos ladrões por duas vezes. “Tive muita sorte. Eles tentaram me roubar, mas eu não parei. Eles ficaram emparelhados”, explicou.

Já o seu colega Max Dias, de 33 anos, de Itajaí, em Santa Catarina, disse que foi roubado na saída da Fernão Dias Paes Leme, em São Paulo. Os ladrões pararam ao lado de seu caminhão Scânia 124, avaliado em R$ 220 mil. Os ladrões o abandonaram no matagal e levaram o caminhão carregado com adubo.

Max disse que dá muito medo trafegar nas rodovias, mas precisa do salário. Ele acha que deveria haver mais policiamento nas rodovias, o que considera uma “raridade”.

Um outro caminhoneiro, Válter Pereira, de 57 anos, morador na cidade de Frutal, acredita que o que falta é policiais abordando suspeitos nos postos de paradas das estradas. “Você vê policiais nas pistas, mas não nos postos. Não vejo nunca eles abordando”, comentou.

Outro motorista de Frutal, Edgard Gomes, de 35 anos, disse que já ouviu muitas histórias de roubos a caminhoneiros. “Mas não tem jeito de fugir. O jeito é sair de casa e pedir a Deus proteção”.