O Pará ainda não sentiu, até agora, nenhum prejuízo de abastecimento por causa da interdição das rodovias federais BR-316, BR-222 e BR-402, no Maranhão. Entretanto, caso as estradas não sejam recuperadas até amanhã, há um risco grande de os paraenses sofrerem com escassez de produtos e, consequentemente, com a alta de preço.

Segundo o diretor técnico das Centrais de Abastecimento do Pará S.A, Fábio Simões, na Ceasa ainda não foi possível sentir o problema. O que pode ocorrer, comenta ele, é o aumento dos fretes, porque as viagens que eram feitas dentro de um período de cinco dias, por exemplo, poderá ser feita em sete dias. Ele diz que se for elevado o preço do frete, os comerciantes não tardarão a fazer remarcação de preços dos produtos. Na opinião dele, esse problema é reflexo da má conservação das estradas.

O presidente da Associação Paraense de Supermercados (Aspas), Fernando Yamada, afirma também não ter observado falta de produtos por conta da interdição das estradas. Entretanto, adianta que se as estradas não forem logo recuperadas, a partir de amanhã poderá iniciar falta no estoque de alguns produtos, em especial de frutas e legumes, porque são perecíveis e não tem como repor por empresas locais.

BRAGANÇA

Servidores da empresa Delta, que presta serviços ao Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNit) começaram as obras de recuperação da BR-308, que liga Bragança a Capanema, na manhã de ontem. Até a conclusão dos serviços, prevista para amanhã, para fazer o trajeto entre os municípios, será necessário trafegar pela vicinal que interliga as cidades ao distrito de Mirasselvas, em Capanema.

Para recuperar a parte da rodovia que ficou interditada, desde a tarde de domingo, à altura da comunidade da Corrente, próximo à entrada para Mirasselvas, serão utilizados 40 tubos de concreto, que servirão de vazão para o fluxo das águas durante as fortes chuvas.

A cratera medindo cerca de 3m de largura por 2m de profundidade foi aberta sobre uma antiga galeria onde havia tubulação, entretanto, com vazão insuficiente para garantir o fluxo das águas acumuladas nas laterais da rodovia. O buraco será aterrado, enquanto está sendo construída a nova galeria a três metros de distância.