Um trecho de aproximadamente 1 quilômetro na rodovia Conde Francisco Matarazzo, entre São Simão e Santa Rosa de Viterbo, ficou interrompido por quatro horas na manhã de ontem devido a um grave acidente envolvendo um caminhão e um ônibus. Três pessoas foram levadas para o HC (Hospital das Clínicas) de Ribeirão Preto, em estado grave.
No total, 38 pessoas ficaram feridas, por causa da imprudência do motorista do caminhão, José Osmar Batista, da empresa Transpel, de Farroupilha (RS). Segundo as vítimas, ele teria tentado uma ultrapassagem forçada.
O motorista do ônibus, Galdino Rosa, que transportava funcionários da empresa de água mineral Minalice, tentou desviar pelo acostamento, mas os veículos acabaram se chocando de frente. O ônibus foi parar no alto de um barranco.

Imprudência
De acordo com a Polícia Rodoviária e com a Perícia Criminal, o tacógrafo do caminhão marcava uma velocidade de 90 km/hora. A velocidade permitida é de 80 km/hora. Além disso, a tentativa de ultrapassagem foi feita em um trecho de faixa dupla, impróprio para esse tipo de manobra.
“Foi um susto muito grande. Não deu tempo de fazer nada. Só de tentar me segurar”, relata a telefonista da empresa Minalice, Aline Ramos.
A maioria das vítimas foi atendida nos hospitais de Santa Rosa e de São Simão, que ficaram lotados de parentes e amigos.
O acidente ocorreu por volta das 6h30. Os funcionários do DER (Departamento de Estradas e Rodagem) criaram uma rota alternativa por uma estrada de terra paralela à rodovia. O trânsito na pista só foi liberado às 10h40.
A Polícia Rodoviária constatou que não houve frenagem brusca antes do acidente. “Tudo deve ter acontecido muito rápido.
O motorista do caminhão até chegou a dar uma pequena freada, mas já era tarde”, revela um dos policiais.


PRESOS NAS FERRAGENS
Bombeiro leva 1 hora para retirar as vítimas

O caminhão ficou atravessado na pista. O Corpo de Bombeiros trabalhou cerca de uma hora para retirar todas as vítimas do local do acidente. Alguns passageiros do ônibus ficaram presos nas ferragens.
Segundo o proprietário do ônibus, Frederico Guardiano, os danos devem ter causado perda total do veículo. Ele acionou sua seguradora para avaliar os resultados do impacto.
“Há anos meu ônibus passa por aqui. É um trecho tranqüilo. Deu azar”, comenta.