Acidentes ocorridos segunda-feira em estradas ajudaram a parar e piorar o trânsito de São Paulo e cidades vizinhas.
O mais grave, na Rodovia Anhangüera, na altura do km 17,5, deixou a estrada interditada durante mais de dez horas nos dois sentidos. Com isso, o índice de congestionamento da manhã ficou acima do normal em São Paulo.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) registrou pico de 113 quilômetros de filas às 9h30 – horário em que o índice costuma ser de, em média, 104 km.
Na Anhangüera, às 2h30, um caminhão carregado com 24 mil litros de água saiu da pista sentido interior-capital e bateu na pilastra que sustentava a passarela de pedestres. A estrutura foi para o chão imediatamente.
O motorista Samuel de Jesus Ferreira, de 24 anos, foi encaminhado ao Hospital de Osasco, onde permanecia internado em estado grave até a noite de segunda-feira. Ele estava em coma e tinha traumatismo craniano.
Às 12h10 a pista no sentido interior foi totalmente liberada. No lado oposto, uma das faixas ficou livre às 13h15, a outra apenas às 17h.
Segundo a Autoban, concessionária da rodovia, no sentido interior, o tráfego foi desviado no km 16 para a Estrada Turística do Jaraguá e pelas ruas da cidade de Osasco.
O congestionamento foi grande na cidade, embora a empresa tenha registrado apenas 3 km de filas na estrada.
Engarrafamento – Motoristas passaram quase quatro horas no trânsito e passageiros desceram dos ônibus e seguiram a pé para o trabalho. Na Bandeirantes, para onde foi desviado o tráfego para a capital, o congestionamento chegou a 10 km.
A Autoban disse que ainda não sabe o motivo do acidente. “Não há marcas de freadas. O motorista já saiu daqui em estado grave, não temos como avaliar”, disse o gestor de Interação com o Cliente da empresa, Fausto Cabral.
Balanço – Nos seis primeiros meses do ano, houve 519 acidentes envolvendo caminhões na Via Anhangüera, com um total de 9 mortes.
De janeiro a junho de 2005, os registros revelam números ainda maiores: 542 acidentes e 7 mortes.
De janeiro a setembro, circularam diariamente, em média, 7.411 veículos comerciais (ônibus e caminhões) no trecho que vai do km 13 ao km 18 da rodovia.
Lentidão – Além dos acidentes na Capital, na própria Anhangüera, km 37, um caminhão pegou fogo após uma pane. Não houve feridos, mas o incidente também provocou lentidão no tráfego.
No domingo, um caminhão usado para transportar amônia, que estava vazio, explodiu após bater num muro de proteção da Rodovia Washington Luiz, entre Taquaritinga e Matão, na região do município
de Ribeirão Preto.
O motorista Mário Sérgio de Lima, de 48 anos, perdeu o controle do veículo. Com a explosão, como o tanque estava contaminado pela amônia, Lima morreu carbonizado. As pistas, nos dois sentidos,
foram interditadas por quase uma hora.