Prevista para entrar em vigor na segunda-feira, 1, a cobrança do eixo suspenso dos caminhões nos pedágios paulistas foi adiada por tempo indeterminado, segundo a Artesp, agência responsável por fiscalizar as concessões de rodovias no Estado de São Paulo. A medida, anunciada na semana passada para viabilizar a suspensão do reajuste do pedágio, descontentou caminhoneiros, que bloqueiam diversas estradas desde no começo da manhã. As vias começaram a ser liberdas durante a noite.
A Artesp informou em nota que a cobrança não foi implantada nesta segunda-feira porque “ainda depende da conclusão de medidas jurídicas e técnicas para ser efetivada”. A agência informou que não há previsão para a conclusão dessas medidas.
No comunicado, a Artesp afirma que houve várias conversas com sindicatos a respeito da cobrança, que estaria sendo refutada por uma minoria. “Há casos de reclamação, mas não representam a opinião da categoria”, diz o texto. “A paralisação ocorrida hoje não é apoiada pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp) e nem pela União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam). A única entidade que contesta a medida é a Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC).”
O MUBC foi procurado durante a tarde e seu presidente, Nélio Botelho, informou que estava viajando e não poderia comentar as declarações da Artesp. A Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Setcesp e a Unicam se posicionaram contra os protestos por meio de notas.
A Artesp destaca ainda que a cobrança já é feita nos pedágios das rodovias federais. “A adoção da medida beneficiará toda a população ao integrar o pacote de ações para zerar o reajuste. É importante destacar que o uso do eixo suspenso provoca efeitos na frenagem e estabilidade do caminhão, afeta a estabilidade do veículo, tornando-o mais suscetível ao tombamento, reduz sua capacidade de frenagem e leva à insegurança.”
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