TRAGÉDIA: Na segunda (25), em engavetamento com 18 veículos na BR-414, em Abadiânia (GO), deixou quatro mortes, sendo uma criança, e vários feridos. Foto: Reprodução/Redes Sociais

Por André Luiz de Azevedo*

O caso que ilustra a postagem é mais um dos muitos que ocorrem no Brasil. O que fazer?!

Com uma média de mortes por milhão de habitantes superior a 100, que representa cerca de 30 mil mortes por ano o Brasil precisa de um choque de realidade.

A PRF integra a estrutura do Estado e tem como missão precípua garantir a Segurança Viária em um espaço qualificado por onde circulam milhões de brasileiros e bilhões de dólares em cargas.

As rodovias federais brasileiras são os grandes vetores de desenvolvimento do país. O próprio lema “governar é abrir estradas” do então Presidente Washington Luís e depois ratificada por outro Chefe do Executivo Federal, Juscelino Kubstichek, no movimento conhecido por rodoviarismo torna inequívoca a vocação.

Ao entregar a missão de garantir a disponibilidade do modal rodoviário à Polícia Rodoviária Federal o legislador brasileiro sinaliza atribuição multidimensional, pois é ao mesmo tempo agência da Segurança Pública, da Segurança Viária e Autoridade de Transporte Terrestre (CONATT).

Essas características tornam a PRF um ativo da sociedade com a missão de construir uma cultura de segurança viária e garantir a segurança da produção nacional que escoa pelos eixos rodoviários.

O fortalecimento da exigência do exame toxicológico para os motoristas ou o endurecimento da fiscalização do tempo de descanso dos motoristas devem estar entre os esforços coordenados para atingir as metas da 2ª Década da ONU de redução de mortes no trânsito da qual o Brasil é signatário.

Na 1ª Década a redução chegou aos 40%. Abaixo da ousada meta de 50%, mas um importante marco alcançado. A manutenção desses índices é desafiador e a sociedade, com a ajuda da imprensa precisa levar essa tema ao centro dos debates nacionais.

(*) André Luiz de Azevedo é policial rodoviário federal, desde 6 de julho de 1994.