Quem salva vidas na BR–381 também convive com o risco iminente de acidentes. A socorrista do Serviço Voluntário de Resgate (Sevor), Tarcila Prandini de Oliveira, 30, capotou uma ambulância em 2010 ao prestar atendimento no trecho próximo a João Monlevade. “Era uma manhã chuvosa de domingo, pós-feriado de Natal, e havia três acidentes ao mesmo tempo, a poucos metros de distância um do outro”, lembra.

No caminho para o socorro, o carro de Tarcila deslizou na pista e caiu em uma ribanceira. “Havia muito óleo na via”. O veículo teve perda total e Tarcila sobreviveu apenas com arranhões e dores na cabeça. “Hoje, tenho consciência do perigo que é a 381”, conta.

Ela é uma entre os 55 socorristas do Sevor, grupo voluntário criado há 13 anos. Apesar do alto índice de acidentes na BR–381, João Monlevade não tem Corpo de Bombeiros nem Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A equipe atua 24 horas e atende em média cem ocorrências por mês.