Uma audiência pública para discutir a instalação de uma nova praça de pedágio na Rodovia Governador Adhemar Pereira de Barros (SP-340) está marcada para às 19h desta quarta-feira (23) na Câmara de Vereadores de Mogi Mirim. O pedido da reunião foi feito pela vereadora Márcia Rottoli (PT), e confirmaram presença outros políticos envolvidos com a discussão da instalação de pedágios no interior do Estado de São Paulo, como a deputada estadual Ana Perugini (PT). Representantes das associações comerciais e a população de Holambra, Mogi Guaçu, Estiva Gerbi, Pedreira, Santo Antônio de Posse, que além de Mogi Mirim também sentirão os reflexos na praça, foram convidados.

De acordo com a parlamentar proponente da audiência, um abaixo-assinado foi feito há um mês. O objetivo do movimento é tentar impedir a construção da praça. Outras assinaturas serão coletadas e uma moção deve ser escrita ao governador do Estado de São Paulo, Alberto Goldman, descrevendo os prejuízos e os problemas que a cidade e a região terá com o pedágio. A vereadora Márcia Rottoli explica que mesmo com o valor divido pela metade do pedágio no km 123 da rodovia, em Jaguariúna, o preço ainda será alto. Quem segue pela SP-340 paga R$ 7,90 em cada sentido. “Mesmo com a divisão, continua (o preço) sendo abusivo em cerca de R$ 4,00. As pessoas que moram em Mogi e trabalham em Holambra, por exemplo, serão prejudicadas. Além disso, já existe um pedágio na rodovia que liga Mogi Mirim e Itapira. Em um trecho de 15 quilômetros, o motorista paga R$ 5,00 por sentido. A cidade está ficando ilhada”, justifica a vereadora Márcia Rottoli. Ela aponta também prejuízos no comércio, já que muitas mercadorias vendidas de uma cidade para a outra ficariam mais caras.

A concessionária Renovias, que administra a rodovia, realiza um estudo técnico de tráfego para o trecho da nova praça, que ainda não está concluído. A definição dos quilômetros onde serão construídas as cabines e as tarifas cobradas será feita pela Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp). Ainda não há previsão para o início das obras.

O coordenador do Movimento Estadual Contra os Pedágios Abusivos do Estado de São Paulo, José Matos, explica que a política de concessão das rodovias paulistas está sendo discutida em várias cidades, já que apresentam características diferentes, mas que defendem a mesma proposta: a mudança da cobrança de tarifa fixa para o pagamento da quilometragem rodada pelo veiculo. “O pedágio deve ser como uma relação de consumo: pagar pelo o que se usa. E não por vários quilômetros que não são percorridos, como acontece na maioria das estradas do Estado de São Paulo”, ressalta.

Manifestação na Rodovia Santos Dumont
O Movimento Estadual Contra os Pedágios Abusivos do Estado de São Paulo promete fechar a Rodovia Santos Dumont (SP-75) no dia 1º de julho para protestar contra as tarifas da praça de Indaiatuba, no km 60, cobrada a R$ 8,80 em cada sentido. De acordo com o coordenador do movimento, José Matos, outros bloqueios serão feitos nas estradas paulistas no mesmo dia.